A ALL, América Latina Logística, concessionária que administra a ferrovia no noroeste paulista deveria ter entregue nesta segunda-feira (20) o laudo da sindicância que apurou internamente as causas do descarrilamento em São José do Rio Preto (SP) que provocou a morte de oito pessoas em novembro do ano passado.
A empresa pediu à ANTT, Agência Nacional de Transportes Terrestres, mais 15 dias para encaminhar o documento. A ALL não disse por que pediu a prorrogação do prazo, mas informou em nota que continua investigando o caso.
O inquérito da polícia também está em andamento, e aguarda a conclusão de mais laudos do instituto de criminalística. No mês passado, a Defensoria Pública de São Paulo promoveu nove acordos de conciliação entre a América Latina Logística e famílias afetadas pelo descarrilamento de trem, quando uma composição carregada com milho descarrilou no bairro Jardim Conceição, invadiu duas casas e provocou a morte de oito pessoas.
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Os noves acordos já celebrados são fruto de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), entre a defensoria e a ALL. Em cinco casos, a ALL irá prestar assistência às famílias afetadas, com o pagamento de aluguel, pensão, aquisição de bens de primeira necessidade, serviços de saúde, entre outros.
Relembre o caso
Nove composições carregadas com milho descarrilaram por volta das 17h do domingo, 24 de novembro, no Jardim Conceição, em Rio Preto, atingindo duas casas e afetando outras duas. Foram confirmadas oito mortes, entre os mortos estavam duas crianças (de 2 e 6 anos), quatro mulheres e dois homens. Outras sete pessoas foram socorridas pelas equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e encaminhadas para o Hospital de Base e a Santa Casa da cidade.
Em nota ao G1, a ALL disse que “a concessionária responsável pela operação no trecho lamenta profundamente a fatalidade ocorrida e se solidariza às famílias e vitimas, a quem dará todo suporte e apoio. As causas do acidente serão investigadas por meio de sindicância”.
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