Produtores agrícolas reclamam de malha viária pequena

O transporte de produtos agrícolas por trem está crescendo no Brasil, mas os agricultores reclamam que a malha ferroviária ainda é pequena e o preço do frete alto.


O Terminal Ferroviário de Rondonópolis, no sul de Mato Grosso, foi inaugurado em agosto do ano passado. Pertence a All, América Latina Logística, uma empresa privada, que desde 2006 tem a concessão para explorar a malha ferroviária no estado. Os caminhões vêm de várias regiões para descarregar no terminal. Mais de 40 mil toneladas de grãos chegam sobre rodas e saem sobre trilhos todos os dias.


Além de Rondonópolis, a empresa também possui terminais em outros três municípios do estado: Itiquira, Alto Araguaia e Alto Taquari. Do local os grãos seguem por 1,6 mil quilômetros sobre trilhos até o Porto de Santos.


No ano passado mais de 13 milhões de toneladas de soja e milho deixaram Mato Grosso com destino a Santos sobre trilhos. Isso representa pouco mais de 75% do volume de grãos que deixaram o estado com destino ao porto paulista neste período. A expectativa é de que agora, para 2014, estes números avancem.


Mas um dos problemas é que a única malha ferroviária está concentrada no sul do estado. Existem projetos para expansão da malha ferroviária, mas eles ainda não saíram do papel. O principal é a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que vai ligar o município de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, a Campinorte, em Goiás. De lá, os trens acessam a ferrovia Norte-Sul.


A diversificação dos modais de transporte é uma das bandeiras defendidas pelos produtores rurais de Mato Grosso. A ideia é de que com mais opções, o escoamento dos grãos fique mais eficiente e também mais barato. Só que segundo o setor produtivo hoje, na prática, isso não está acontecendo.


O agricultor Osvaldo Pasqualotto planta seis mil hectares de soja e três mil de milho em Rondonópolis. A fazenda dele fica a menos de três quilômetros da ferrovia. Do meio da lavoura ele consegue avistar o terminal. Apesar da proximidade, ainda não viu vantagens no transporte por trilhos.


“Como a ferrovia tem uma concessão por 99 anos e só ela pode operar neste sistema modal, não está acontecendo aquela baixa de preço que a gente esperava. Então eles padronizam o preço do caminhão, por exemplo hoje, R$ 200 até Santos e colocam o mesmo valor, R$ 198, R$ 205. Então para nós, em termos de custo, não reduziu o frete”, explica o produtor rural.


O frete é pago pelas agroindústrias que utilizam a ferrovia para escoar a produção, mas o valor é descontado do preço pago aos agricultores pela saca de soja ou de milho. A Associação dos Produtores confirma que a implantação da ferrovia não diminuiu a despesa.


“Na teoria a gente esperava algo mais barato, porque na época, quando fizeram os projetos da  ferrovia era em torno de 30% do valor do caminhão, e hoje o valor está igual o do caminhão”, diz o representante da Aprosoja, Sérgio Mattei.


A ALL não quis divulgar o valor do frete. Na avaliação dos produtores, o cenário só vai sofrer transformações se houver mudanças no modelo de concessão e de exploração do uso das ferrovias. O setor defende o mesmo sistema que é adotado em alguns países da Europa, onde a empresa responsável pela construção e manutenção da malha ferroviária, não opera os vagões.


O contrato com as concessionárias das ferrovias prevê uma tarifa máxima que varia de acordo com o produto transportado. A fiscalização é feita pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).


Clique no link e assista a reportagem:


http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/04/produtores-agricolas-reclamam-que-malha-viaria-do-pais-e-pequena.html

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Globo Rural

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*



0