Concessões são alvo da Caixa para diversificar aplicações

A Caixa Econômica Federal procura diversificar as aplicações do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), hoje concentradas no setor de energia, e busca uma maior pluralidade de parceiros. Alguns dos alvos são os setores de saneamento, uma das vocações do FGTS, e as concessões de transportes.


“Mandamos cartas propondo sociedade a todos os vencedores dos leilões de concessões”, diz o vice-presidente de gestão de ativos de terceiros da Caixa, Marcos Vasconcelos. A estimativa é que, apenas para as concessões, o FI-FGTS disponha de R$ 6 bilhões.


Perto de um quarto dos investimentos do FI-FGTS, ou R$ 10,5 bilhões, está aplicado no setor de energia. O percentual está abaixo do limite de 40% dos recursos destinados pelo FGTS ao fundo de investimento. A ideia, explica Vasconcelos, é diversificar os investimentos com crescimento em todas as áreas. “Ainda vemos oportunidades em energia.”


Uma das prioridades é o saneamento – a Caixa vem sendo cobrada por membros do Conselho Curador do FGTS para aplicar nessa área, que sempre foi um dos seus alvos prioritários. No FI-FGTS, o setor responde por apenas 4,5% das aplicações, com um único parceiro, a Odebrecht Ambiental. “Queremos achar outros parceiros para ampliar os investimentos em saneamento”, afirma.


Como o próprio FGTS já faz financiamentos diretos ao saneamento, a única forma de participação é no capital. O setor ainda é dominado por empresas estatais, que não têm demonstrado interesse em atrair sócios, por isso não há muitos negócios disponíveis. Assim, foi formulada a proposta para investir R$ 500 milhões na Estre Ambiental, controlada pelo empresário Wilson Quintella Filho e que tem como sócio o BTG Pactual.


A Odebrecht mandou notificações a todos os membros do comitê de investimento do FI-FGTS alertando que, se levasse o projeto adiante, haveria conflito de interesses e o fundo perderia diretos políticos na estrutura de governança da Odebrecht Ambiental.


Depois que a Odebrecht se movimentou nos canais institucionais do FI-FGTS, vieram a público a sua insatisfação com o negócio e também queixas de que a companhia é a maior beneficiária de aportes do FI-FGTS. O presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, negou que haja conflito com o BTG Pactual em decorrência da operação, mas expressou seu ponto de vista sobre eventual conflito de interesses.


Mais recentemente, foram publicadas reportagens com denúncias contra dois membros do comitê de investimento do FI-FGTS, um dos quais renunciou.


O Valor apurou que, nas suas discussões com a Odebrecht, o FI-FGTS tem sustentado que o acordo de acionistas já previa a situação de investimentos em concorrentes. Nele, estariam descritas as salvaguardas para lidar com eventuais conflitos de interesse e prevendo quais direitos políticos seriam limitados, como a perda do direto em vetos em determinadas situações. Os departamentos jurídicos da Odebrecht e do FI-FGTS estão reexaminando o acordo para produzir um relatório que irá subsidiar a decisão do comitê de investimentos sobre o negócio com a Estre Ambiental.


Uma fonte assegura que a Caixa está confortável com o volume de recursos aplicados com a Odebrecht, que responde por 9,5% da carteira, abaixo do limite de 30%. Mas há o diagnóstico de que existe campo para crescer junto com outros grupos, já que os outros conglomerados privado com mais operações são a Vale e a OAS, com fatias em torno de 2% da carteiras cada um. As concessões tendem a ajudar nessa diversificação.

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