O primeiro monotrilho do Brasil é a aposta da Bombardier, fabricante de origem canadense, para vender sua tecnologia para outros países.
Em feiras internacionais, os trenzinhos brancos têm sido o destaque da companhia, que vendeu o modelo para Riad, na Arábia Saudita. Lá, a linha terá apenas 3,6 km (seis estações) e capacidade para 3.000 passageiros/hora.
Com a promessa de transportar até 48 mil passageiros, o monotrilho da zona leste foi projetado para ser o de maior capacidade do mundo.
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Os maiores monotrilhos em operação atualmente têm capacidade para até 30 mil passageiros/hora – como o de Chongquing, na China. A cidade, aliás, tem conseguido aumentar sua rede sobre trilhos a uma taxa de 40 km/ano graças aos monotrilhos.
A rapidez de construção em relação ao metrô é um dos triunfos. Por isso, fabricantes concentram esforços nos países em desenvolvimento, com urgência em expandir o transporte de massa.
A empresa também oferece um ativo eleitoral: o mesmo político que assina o contrato consegue inaugurar a obra, – uma linha pode ser implantada em até 3 anos.
Aproveitando o baixo interesse das concorrentes da tecnologia, a Bombardier decidiu fabricar os trens da zona leste em Hortolândia (a 109 km de SP), pensando nos demais países sulamericanos. Na linha 15, ela integra o consórcio com as construtoras OAS e Queiroz Galvão.
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