O candidato à Presidência da República do PSDB, Aécio Neves, prometeu ontem que vai criar um superministério de infraestrutura em contrapartida às pastas que afirma que extinguirá caso seja eleito. Aécio, no entanto, não detalhou como será a nova pasta. Em sabatina no portal G1, da Rede Globo, Aécio citou o Ministério da Pesca como um dos que pretende cortar.
Segundo o candidato tucano, o superministério compensaria o “excesso” de pastas do atual governo e reuniria áreas fundamentais para o desenvolvimento como energia, rodovias e ferrovias. “Essa é a primeira sinalização. Não quero entrar em detalhes porque isso exige estudo com muito cuidado, com muito critério”, disse o tucano, evitando detalhar seu plano.
“Essa é uma ação estratégica, temos muitos gargalos [no desenvolvimento]”, disse.
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Questionado se esse novo ministério não poderia passar pelos mesmos problemas vividos no governo do ex-presidente Fernando Collor, que criou pasta semelhante, Aécio disse que as ideias não poderiam ser comparadas. “O tempo dirá [se vai funcionar]”, disse.
Durante a entrevista, Aécio afirmou que é a favor do casamento gay. “Já é parte da nossa realidade. Nenhum questionamento sobre o assunto”, afirmou. Sobre a legalização da maconha, já feita no Uruguai e em parte dos Estados Unidos, o tucano disse ser contra. “O Brasil não deve ser cobaia de experiências”, disse, afirmando ainda ser contrário à legalização das drogas, não só da maconha. Ao falar sobre aborto, outro assunto polêmico abordado na entrevista, disse ser a favor da atual legislação.
O tucano disse que “invasão é crime”, ao ser questionado sobre como vê as ocupações rurais e urbanas promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Em seguida, prometeu “fazer a reforma agrária que o governo não fez”.
No fim da entrevista, em um jogo rápido de perguntas e respostas, o candidato afirmou defender “cotas temporárias” em universidades. Aécio voltou a falar que acabará com a reeleição e ampliará a duração dos mandatos para o Executivo de quatro para cinco anos. Defendeu a revisão da taxação atual ao falar sobre o imposto sobre as grandes fortunas e disse ser contra o foro privilegiado para políticos. Ao ser questionado se vai privatizar mais empresas, desconversou e disse que vai “reestatizar”.
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