Obras do VLT podem complicar ainda mais o trânsito do Rio em 2015

As obras do Veículo Leve sobre Trilhos do Rio de Janeiro (VLT) já foram iniciadas durante esse semestre, mas a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) ainda não tem planejamento de trânsito durantes as obras que fecharão parte das avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, as duas principais vias de passagem pelo centro da cidade.


Ao todos serão seis linhas, que cruzarão o Centro da cidade de uma ponta a outra. Segundo a assessoria da Cdurp, a primeira linha já está em construção com um investimento de R$ 1.164 bilhão, sendo R$ 632 milhões vindos da prefeitura do Rio e R$ 535 milhões financiados por recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade A primeira das linhas que vai da rodoviária Novo Rio, passando pelo porto, até o aeroporto Santos Dumont, tem previsão de estar concluída até o final de 2015.


Ainda segundo a assessoria, é preciso fazer algumas obras de infraestrutura para a instalação do VLT. Essas obras já estão acontecendo no túnel ferroviário, próximo à Central do Brasil onde está passando o cabeamento e a tubulação de esgoto, uma série de instalações que ainda não existiam no local.


Apesar das obras já iniciadas, a Cdurp ainda não apresentou um planejamento para o trânsito durante essas obras. Segundo a assessoria, a prefeitura pretende fazer uma coletiva para informar o que será feito durante esse período. A Secretária Municipal de Transportes, em nota para o JB, disse que ainda “faz estudos sobre a mobilidade na região para avaliar quais modificações serão necessárias.”


Para Alexandre Rojas, professor de Engenharia de Transportes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o VLT é um bom meio de transporte, mas ainda deixa dúvidas quanto a ser uma solução para desafogar o trânsito no centro da cidade. “O VLT tem uma boa capacidade para transporte, mas a minha dúvida é se ele vai atender adequadamente a quantidade de pessoas que sai da central para o Centro”, explica o Rojas.


Além disso, o professor destaca que a implantação do VLT irá fechar diversas ruas do Centro que já estão com o trânsito prejudicado pelas obras de revitalização do porto do Rio. “Vai ser um problema para a população. Segundo a própria prefeitura, 2015 vai ser um ano crítico para os transportes no Centro do Rio. O carioca vai sofrer durante o ano que vem”, lamenta. Uma das incógnitas da implantação do projeto é como ficará a ida de quem vem da zona norte para a zona sul. A maioria dos ônibus que vão dessa região da cidade, faz seu caminho pela Avenida Rio Branco. “Quem vem da zona norte da cidade já foi prejudicado pelo fechamento do mergulhão da Praça 15 e pela derrubada da Perimetral. Com essas novas intervenções, a prefeitura vai ter que trabalhar para fazer o trânsito funcionar na cidade”, explica Rojas.


Para Eva Vider, engenheira de transportes da Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o VLT tem chances de revitalizar o Centro da cidade e que é normal que as obras desse porte acabem atrapalhando, ainda que temporariamente.Segundo ela, é normal que as obras acabem reduzindo a capacidade da via, mas ressalta que esse tipo de problema poderia ser evitado se houvesse planejamento por parte da prefeitura.


Já para Orlando dos Santos Jr.,  pesquisador do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da UFRJ e do Observatório das Metrópoles, o projeto pode ajudar na questão de mobilidade no Centro do Rio, mas é preciso que a questão da integração do VLT com os outros meios de transporte utilizados na cidade sejam devidamente articulados. “O Centro do Rio está sendo revitalizado nesse aspecto, mas a questão de se vai desafogar o trânsito ou não é secundária. A mobilidade urbana é muito mais complexa que isso. Se o projeto não for integrado a uma efetiva política de mobilidade social, não será eficiente”, destaca.


Além disso, Orlando aponta a falta de planejamento da prefeitura em relação às obras que estão acontecendo na cidade. Segundo ele, os problemas do caos do trânsito da cidade poderiam ser evitados. “Deveria haver um planejamento. As obras não poderiam ser simultâneas, e sim planejadas ao longo do tempo. Seria necessário estabelecer questões mais importantes como quais obras são prioritárias e quem se beneficia desses investimentos. Além disso, seria preciso pensar se essas obras, essas alterações no Centro, vão ser eficientes para a população no geral”, conclui.

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Fonte: Jornal do Brasil

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