Sobre o fortalecimento e as oportunidades no mercado metroferroviário

Marcos Costa*


Nos últimos anos, o tema mobilidade urbana ganhou relevância no Brasil fortalecendo os investimentos no setor metroferroviário. A chegada de novas tecnologias, o crescimento acelerado das cidades e a expansão das áreas metropolitanas foram fatores que colaboraram efetivamente para o avanço do setor e trouxeram novas possibilidades para o país.


Com o crescimento e movimentação positiva do mercado, enxergamos oportunidades de impulsionar mudanças. Assim, anunciamos investimentos, como a nova linha de produção para Veículos Leves Sobre Trilhos, a ser inaugurada no interior de São Paulo, em 2015, e que recebeu R$ 50 milhões de investimento. Introduzimos um sistema diferenciado e  colaboramos diretamente para a economia do país,  ampliando a cadeia produtiva, gerando empregos e criando  uma mão de obra especializada específica para trabalhos com esse modal, além de levarmos a possibilidade de oferecer rápida assistência aos projetos em andamento, colaborando para a motivação de novas ações.


O VLT é um sistema promissor, já ajudou grandes centros urbanos do mundo e, agora, vai nos ajudar a vencer desafios de mobilidade nas cidades brasileiras. Estamos caminhando nesse sentindo, principalmente pensando na integração e complementaridade de sistemas. Um exemplo é o projeto Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. O VLT, que irá passar por uma área de 5 milhões de metros quadrados, será ligado à ciclovias, ao metrô, aos trens metropolitanos, barcas, BRTs, às redes de ônibus convencionais até chegar ao Aeroporto Santos Dumont. Alguns dos veículos desse projeto já serão fabricados na nova unidade de Taubaté e estarão prontos para os jogos Olímpicos, em 2016, beneficiando a população local e os turistas, que sentirão a importância de se locomover por um meio de transporte integrado.


Quando pensamos em novas soluções para o setor, falamos de mobilidade inteligente como um todo e em um transporte que colabore para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, em conforto, comodidade e comprometimento sustentável. No caso do sistema Citadis, da Alstom, o trem possui um gasto de energia, por passageiro, 75% menor do que um ônibus elétrico, não causa impacto ambiental, emite menos ruído do que os automóveis e se adapta facilmente às condições urbanas.


A modernização de trens também se enquadra perfeitamente nesse pensamento, pois ao modernizar trens, deixamos de descartar cerca de 20% de seu valor como sucata ou em venda em leilões. Potencializamos ainda mais esse transporte e colaboramos, novamente, para o giro da economia do país, criando novos empregos e reaproveitando matéria-primas.


Nossa ideia não é seguir uma única política de investimento, mas trabalhar com um leque de alternativas e novas possibilidades para o transporte brasileiro.  A implantação de trens regionais é outro ponto que vem sendo discutido dentro das perspectivas do Estado junto aos metrôs leves, que são utilizados em vias elevadas e são ideais  para cidades em rápido crescimento. O país está de portas abertas para novos projetos.  Em termos de evolução, este é um momento diferenciado e nosso comprometimento reflete-se em ações concretas que contribuem para a mudança  e transformação do conceito de mobilidade.


*Marcos Costa é presidente da Alstom Brasil

Fonte: Alstom

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*