O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou na última terça-feira (24/11) empréstimo com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 690 milhões. O montante será utilizado nas desapropriações em áreas por onde passará a futura Linha 6-Laranja, do Metrô de São Paulo, que ligará a região noroeste da cidade ao centro (Brasilândia – São Joaquim). Os recursos são viabilizados por meio da Administração Geral do Estado.
Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo (STM), para a construção das estações e do pátio da futura linha, são necessárias 371 ações de desapropriação de imóveis. Estas desapropriações estão sendo conduzidas pela Concessionária Move São Paulo (formada por Odebrecht, Queiroz Galvão, UTC Participações e Fundo Eco Realty), responsável pela construção e operação da futura linha, com recursos do Governo do Estado, à medida que os imóveis são liberados pela Justiça. Sessenta por cento das imissões de posse já aconteceram.
A Linha 6-Laranja é a primeira PPP (Parceria Público Privada) de mobilidade urbana no Brasil na característica greenfield. Neste modelo, o investidor privado assume a responsabilidade de execução, operação e manutenção do serviço, sob fiscalização e acompanhamento do poder concedente.
A linha está orçada em R$ 9,9 bilhões, terá 15,3 km de extensão, 15 estações, 22 trens, será totalmente subterrânea e deve transportar 633 mil pessoas por dia. Estão previstos quatro pontos de conexão com a rede metroferroviária: com a Linha 7-Rubi e a Linha 8-Diamante da CPTM (na Estação Água Branca); com a Linha 4–Amarela do Metrô de SP – operação da ViaQuatro (na futura Estação Higienópolis-Mackenzie); e com a Linha 1-Azul do Metrô de São Paulo (na Estação São Joaquim).
Segundo a STM, há atualmente quatro frentes de trabalho, contando com o pátio Morro Grande, na região da Brasilândia, com canteiro de obras em implantação. Para 2016, estão previstas 21 novas frentes de trabalho, com 5.800 empregados diretos. No ápice da obra, deve haver 36 frentes de trabalho, divididas em 15 estações, 20 postos de ventilação e um pátio de trens, gerando cerca de 8 mil empregos diretos. A previsão de início da operação da Linha 6-Laranja é 2020.
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