Não são apenas as empresas de ônibus que têm sofrido com a
crise no Rio de Janeiro. O Metrô Rio perdeu oito milhões de viagens neste
primeiro semestre, de acordo com balanço patrimonial da concessionária do
sistema.
Segundo os dados, foram realizadas 46,7 milhões de viagens
no primeiro semestre deste ano, numero 14,5% menor quando comparado com o mesmo
período de 2016, época em que o metrô realizou 54,7 milhões de embarques. Basta
fazer as contas: uma redução de oito milhões de viagens.
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A saída foi apelar para uma campanha promocional. Em tempo
de férias, ainda mais numa cidade onde o turismo tem muito a oferecer, a
concessionária Metrô Rio lançou nesta terça-feira (28) um cartão que custa R$
60 e dá direito a 42 viagens em uma semana.
Na ponta do lápis cada passagem sai por R$ 1,40, contra uma
tarifa atual que custa R$ 4,30. A economia de quase 70% do total está sendo
encarada como um estímulo aos cariocas e turistas no período de férias. Mas a
promoção vai além de julho, e expira somente no dia 30 de setembro.
O cartão “Eu amo férias” é uma promoção, mas está longe de
ser a solução para um sistema que tem projeções de fluxo nada animadoras.
Segundo o professor de economia do Ibmec Gilberto Braga,
ouvido pelo jornal Extra, do Rio de Janeiro, o sistema pode encerrar o ano com
187 milhões de viagens pagas. Em caso da projeção se tornar realidade, isso
significa que o ano de 2017 sofrerá uma redução de 16% em relação a 2016,
quando foram realizadas 216,8 milhões de viagens.
PROMOÇÃO NÃO É NOVIDADE:
Na busca de atrair passageiros para o sistema, o Metrô Rio
já realizou uma promoção em abril, quando ofereceu viagens gratuitas na Linha
4. Naquele mês a tarifa nas estações do trecho caiu para R$ 3.
Se em 2016, quando comparado ao ano anterior, o balanço
publicado pela Metrô Rio informava um pequeno aumento no número de embarques de
3,1% em relação a 2015, a própria concessionária já chamava a atenção para “a
situação econômica da cidade do Rio de Janeiro, com o elevado número de
demissões no setor privado e o declínio da população ocupada”.
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