O Brasil atingiu dois recordes neste mês de setembro nas
exportações de grãos. Somou vendas externas de 5,91 milhões de toneladas de
milho e de 4,27 milhões de soja em grãos. Ao todo, 10,2 milhões de toneladas
desses produtos deixaram o país em um único mês.
Apesar do elevado volume, os portos suportaram bem o fluxo
de vendas. Alguns anos atrás, quando ainda não havia um controle de saída dos
caminhões das regiões de origem de produção, as filas teriam sido
quilométricas.
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As vendas externas brasileiras de commodities não estiveram
aceleradas apenas nesses dois produtos. Dados da balança comercial divulgados
nesta segunda-feira (2) pelo Ministério do Desenvolvimento apontam ritmos
intensos também em açúcar, carne bovina, suco de laranja e algodão. Minério de
ferro e celulose também entraram na lista de destaque.
As exportações de produtos básicos somaram US$ 8,5 bilhões
em setembro, 30% mais do que em 2016.
Esses valores de exportação foram atingidos graças a uma boa
safra agrícola e à demanda externa. No caso da soja, as exportações se
concentram, em geral, no primeiro semestre, deixando espaço para o milho
safrinha na segunda metade do ano.
Neste ano, no entanto, o apetite dos chineses continua tão
intenso que provocou recorde de exportação também dos Estados Unidos.
Os americanos firmaram contratos de venda de 3 milhões de
toneladas de soja apenas na semana terminada em 21 de setembro, um volume nunca
atingido antes.
Com o volume do mês passado, as exportações brasileiras de
soja em grãos já atingem 61,2 milhões de toneladas, bem acima dos 49 milhões de
janeiro a setembro do ano passado.
As exportações de milho acumulam 17 milhões de toneladas até
setembro e deverão ficar próximas de 33 milhões de toneladas neste ano.
O Brasil volta a ocupar espaço dos Estado Unidos, cujas
vendas externas do cereal não estão aquecidas.
As exportações de carnes bovina e de frango também mantêm
bom ritmo. A bovina atingiu 111 mil toneladas no mês apenas com carne “in
natura”, 26% mais do que no ano passado. A de frango somou 355 mil
toneladas, 6% mais. Já a suína teve recuo de 12% no período.
A soja mantém a liderança nas receitas com as exportações de
commodities neste ano. O complexo soja já rendeu US$ 27,7 bilhões. Em segundo
lugar vem minério, com US$ 14,2 bilhões.
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