Para compor a reserva de peças dos trens mais velhos, a
Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) foi até São Paulo e comprou 205
itens, em 26 de dezembro, do transporte público da capital paulista. O
investimento total foi de R$ 4,1 milhões. Sem detalhar a quantidade, a
autarquia informou que a maioria é usada.
Os objetos serão utilizados nos 20 carros da Frota 1000,
incorporada ao sistema na década de 1990. A companhia, prevê, ainda, que os
três veículos quebrados poderão voltar aos trilhos quando a manutenção contar
com as peças.
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De acordo com o Metrô-DF, todos os carros precisam dos itens
sobressalentes para substituírem os que estão em manutenção. Antes, sem a
reserva, os equipamentos de um trem fora da operação eram reaproveitados,
prática condenada pelos órgãos de controle externo do DF, segundo a Companhia.
Para Marlon Bernardo, diretor administrativo do Sindicato
dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF (SindMetrô-DF),
todo cuidado é pouco no uso de peças reutilizadas. “Com certeza a gente precisa
apurar quais são as condições para ver se são aptas”, reforça.
Em nota, porém, o Metrô-DF sustentou que todas foram
vistoriadas por uma equipe própria. Por isso, “estão em condição de uso”, além
de ter “garantia contratual”. Assim como os itens, os carros da frota antiga
vieram da Mafersa, estatal da metrópole da região Sudeste que fechou as portas
há mais de duas décadas. Por isso, o maquinário da série não é mais fabricado.
Para encomendá-lo, sairia 80% mais caro, informou a companhia.
O Metrô-DF precisou contratar uma empresa para trazer o lote
de São Paulo até Brasília. A licitação deve ser homologada na sexta-feira
(12/1) e as compras devem chegar até fevereiro. Devem ser despendidos para tal
finalidade R$ 49 mil.
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