O
pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, aproveitou a entrega de
um prêmio do setor ferroviário, na noite desta quinta-feira, 14, na capital
paulista, para tentar se mostrar, mais uma vez, como alternativa viável de
centro nessas eleições presidenciais – sobretudo para aqueles que não desejam
uma polarização entre a esquerda e a direita.
No discurso
de agradecimento que fez após receber o prêmio Ferroviário do Ano, concedido
pela “Revista Ferroviária”, o tucano destacou: “Quando uma carga está muito à
direita ou quando está muito à esquerda, o trem descarrila”, arrancando risos
da plateia e concluindo com um trocadilho: “O Brasil “trem” jeito.”
Sob pressão
de aliados por não deslanchar nas pesquisas, Alckmin tem se movimentado para
conter as críticas internas do PSDB e reforçar o diálogo com setores da
sociedade e com outros partidos. Nesses últimos dias, apresentou o
ex-governador de Goiás Marconi Perillo como coordenador político da
pré-campanha e se reuniu com o presidente do PROS, Eurípedes Junior, e com o
deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, líder do Solidariedade.
A maior
esperança, no entanto, reside no DEM. “É tudo que queremos”, disse o próprio
Alckmin na quarta-feira, 13, em evento em Santa Catarina. Nesta quinta, durante
a cerimônia que oficializou a aliança entre tucanos e demistas para a disputa
do Palácio dos Bandeirantes, Doria afirmou que trabalhará para construir uma
ampla aliança nacional em torno de uma única candidatura. “Obviamente e
preferencialmente em torno de Alckmin” acrescentou.
Aliança
Apesar do
interesse em uma aliança com o DEM, Alckmin se esquivou de comentar se
acreditava que a adesão do Democratas à candidatura de João Doria para a
eleição ao governo de São Paulo, oficializada nesta quinta-feira em evento na
capital paulista, significava que a legenda estava mais próxima de selar acordo
parecido a nível nacional.
“Você tem o
PSDB apoiando o DEM na Bahia, Pará e Rondônia” destacou o tucano ao Broadcast
Político, após participar da premiação do setor ferroviário. Destacando que o
DEM também tem nome lançado ao Planalto, o do presidente da Câmara, Rodrigo
Maia, o tucano concluiu que a questão das alianças deve ser definida “apenas em
julho”.
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