Andar no metrô de Moscou, sem o mapa, exige atenção e muita paciência

O metrô de Moscou é uma espécie de museu
subterrâneo com suas paredes de mármore, esculturas, candelabros, mosaicos e
uma decoração nada parecida ao que se vê em outros metrôs pelo mundo. São 196
estações que lembram a história da Rússia, distribuídas em 12 linhas
identificadas por nome e número, e funcionam das 6h até 1h da manhã.

Como em todos os metrôs do mundo, no
metrô de Moscou o passageiro de primeira viagem terá problemas de localização
sobre onde embarcar para o seu destino, e qual trem faz a sua linha. Em
qualquer lugar, esta é uma situação de pressão, ter que decidir algo que não
conhece em meio ao vai e vem de pessoas, mas aqui na capital do país da Copa do
Mundo de 2018 tudo é muito mais confuso por conta da barreira da comunicação.

Mesmo em Moscou, a capital, são raras as
pessoas que falam inglês ou espanhol, as línguas mais populares. Nas paredes do
metrô há mapas e indicações com os nomes das estações, onde o idioma cirílico
aparece em destaque e a tradução em inglês logo abaixo, mas num cinza bem
apagado.

Não é difícil encontrar quem se dispõe a
ajudar, porém, a ajuda vem em russo ou num inglês misturado com russo.
Portanto, se for pegar o metrô em Moscou sem ter baixado no celular o
aplicativo da empresa metroviária local, onde encontrará o mapa com indicações
em inglês, então estará perdido, ainda que tenha em mãos o endereço correto do
seu destino.

Foi o que aconteceu comigo na noite do
último domingo. Sorte que a minha viagem, na volta para o hotel desde a Praça
Vermelha, no coração de Moscou, era pauta para esta matéria, então não me
incomodaram nenhum pouco os perrengues pelos quais passei. Foram tantas idas e
vindas, trocas de trens e de estações que tive de me segurar para não entrar em
desespero.

Embarquei às 19h35 na estação próxima da
Praça Vermelha e passava das 23h30 quando consegui, enfim, chegar a estação
Okruzhnaya, em frente ao hotel onde estou hospedado. A viagem normal previa
apenas uma troca de estação, mas como estava perdido, fiz cinco trocas até
encontrar o caminho certo graças a ajuda de um policial com o seu “rusês” –
mistura de inglês com russo – e de uma menina ucraniana de inglês fluente. Não
entrei em pânico, mas quase.

Tudo isso foi no domingo à noite. Nesta
segunda-feira, 25, com o mapa do metrô em inglês devidamente baixado no meu
telefone, embarquei na estação em frente ao meu hotel com destino à estação
Myakinino, no Centro de Imprensa da Copa do Mundo 2018, e tive apenas uma
dúvida na troca de trem, mas logo me reencontrei no mapa ao endereço desejado
como um autêntico moscovita.

Como jornalista credenciado pela Fifa
para a cobertura da Copa do Mundo tenho passe livre no metrô. Se tivesse que
pagar o ticket custa 50 rublos, algo em torno de R$ 3.

POR DENTRO DA COPA – Com o enviado
especial Paulo Nonato de Souza, o Campo Grande News estará nos passos da
Seleção Brasileira e de todos os acontecimentos que vão envolver o Mundial da
Rússia. Veja esta e outras notícias no Canal Copa 2018.

 

– Fonte: https://www.campograndenews.com.br/copa-2018/andar-no-metro-de-moscou-sem-o-mapa-exige-atencao-e-muita-paciência


 

 

Fonte:

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*