Moradores de
Tubarão, no Sul do estado, fizeram um protesto neste sábado (8) em favor da
permanência no município da locomotiva Baldwin 53. O maquinário foi pedido pelo
prefeito de uma cidade do Rio de Janeiro. O protesto ocorreu no Museu
Ferroviário de Tubarão, onde está a locomotiva.
Depois de
visitar o museu, no mês passado, o prefeito de Miguel Pereira, André de
Afonseca (PR), pediu ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(Dnit), dono da locomotiva, para transferi-la e usá-la na cidade fluminense.
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Protesto
Neste
sábado, os moradores se reuniram no museu e seguraram uma faixa em frente à
locomotiva. “Estamos lutando junto com a prefeitura e também com o estado.
Não vamos deixar levar essa máquina”, disse o organizador do protesto,
André Soares.
“Essa
máquina aqui está na história, história que não pode sair de Tubarão de jeito
nenhum. Se sair daqui, é uma grande perda para todos nós tubaronenses e para a
região Sul de Santa Catarina”, disse o maquinista aposentado Assis Ângelo.
A locomotiva
foi construída na década de 1920 nos Estados Unidos. A história dela faz parte
do Sul do estado, já que sempre transportou pessoas e cargas na região até
1968.
Nesta
semana, a Justiça acatou o pedido do Ministério Público para que a locomotiva
fique em Tubarão. A decisão, que cabe recurso, vale até o julgamento do mérito
da ação.
Há 10 anos,
a locomotiva passou por uma reforma, paga pela associação que mantém o museu.
“Ela é a única restante no Brasil desse modelo e que fazia a tração do que
o povo então chamava de “o trem horário”, ou seja, o trem de
passageiros”, disse o vice-presidente do museu, José Warmuth Teixeira.
O termo de
cessão da locomotiva para a cidade do Rio de Janeiro chegou a ser publicado no
Diário Oficial da União. O projeto do município de Miguel Pereira é fazer um
trem de turismo, para rodar na rede ferroviária local.
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