A
experiência de compra de bilhetes pelos usuários de metrôs e trens urbanos vem
mudando ao longo dos anos. Do bilhete de papel migrou-se para a bilhetagem
eletrônica, com cartões magnéticos, mais sustentáveis e econômicos. A
tecnologia da vez e que já está sendo testada em alguns sistemas de metrôs e
trens é o QR Code (sigla do inglês quick response – resposta rápida). Com essa
ferramenta, as operadoras pretendem implementar num futuro próximo um sistema
de validação parecido com o que se vê no transporte aéreo, em que o passageiro,
por meio do celular, pode validar seu bilhete com código no momento do
embarque.
A CPTM vem
testando desde 2016 a venda de bilhetes de papel com código QR Code, para
validação nas catracas em algumas estações das linhas 1-Turquesa, 7-Rubi,
8-Diamante, 9-Esmeralda, 11-Coral e 12-Safira. A Trensurb também começou a
testar a tecnologia em maio de 2017 na estação Mercado. Atualmente, a operadora
de Porto Alegre prepara uma licitação para a modernização da bilhetagem.
Segundo a companhia, durante a elaboração das especificações do edital, foi
definida a adoção de tecnologia QR Code ou similar para bilhetes unitários.
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A CBTU Belo
Horizonte é a mais nova a apostar nessa tecnologia. A operadora começou essa
semana os testes para uso de bilhete unitário com QR Code na estação Central. O
projeto piloto, que vai até o dia 11 de outubro, é desenvolvido pela Autopass,
empresa que também é responsável pela gestão do cartão de integração entre
ônibus, trem e metrô na região metropolitana de São Paulo.
Ao chegar na
estação Central, o usuário pode comprar o bilhete com QR Code utilizando uma
máquina de autoatendimento instalada ao lado da Bilheteria 2 (entrada Praça Rui
Barbosa) ou duas bilheterias devidamente identificadas. As bilheterias aceitam
pagamentos em dinheiro ou em cartão de débito.
Em seguida,
o passageiro pode seguir por um caminho marcado com pegadas no chão até validar
o bilhete em um dos dois validadores adaptados para uso de QR Code. Cada
bilhete terá validade de 72 horas. Existe ainda a possibilidade futura de
compra de bilhetes no celular por meio de aplicativo.
Segundo o
gerente regional de operações da CBTU, Frank Coelho, a vantagem é que os
bilhetes não ficam estocados dentro da companhia. “Eles são confeccionados em
tempo real”, conta. “O usuário pode comprar um bilhete, tirar uma foto e mandar
para alguém. Então essa pessoa usa essa foto para passar pela catraca”,
complementa.
Outras
vantagens do sistema são a diminuição do tempo que o usuário gasta nas filas
para a compra dos bilhetes e o aumento de atendimentos automáticos, sem
operadores”, diz Coelho. Integrados ao atual sistema de bilhetagem do metrô, os
testes acontecem diariamente, das 5h15 às 23h. Durante a execução, equipes da
Autopass e da CBTU-BH prestam atendimento ao público.
A iniciativa
é encarada como “um primeiro passo” para ampliar a integração com os
transportes metropolitanos, implantada desde 2003 no Metrô de BH. Outras
melhorias que vêm sendo estudadas pelo metrô incluem a instalação de terminais
de autoatendimento e a possibilidade de recarga online de cartões.
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