Celulose e soja voltaram a puxar as exportações de Mato
Grosso do Sul neste ano, quando considerado o acumulado de janeiro a outubro.
De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
(Mdic), as vendas externas do Estado somaram US$ 4,86 bilhões nos 10 meses de
2018, avanço de 18,3% em relação ao mesmo período de 2017, quando foram
exportados US$ 4,10 bilhões.
Já o volume comercializado teve ligeiro decréscimo e saiu de
13,17 milhões de toneladas para 12,89 milhões de toneladas.
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Principal produto da pauta de exportações do período, a soja
respondeu por US$ 1,78 bilhão das vendas externas do Estado, o equivalente a
37% de aumento em relação a 2017 (US$ 1,30 bilhão). Para a celulose, o salto
foi de 89,8% e a receita do insumo subiu de US$ 795,6 milhões para US$ 1,51
bilhão.
Na avaliação do secretário de Estado de Produção e Meio
Ambiente, Jaime Verruck, a celulose reposicionou MS no cenário nacional de
exportações. “Hoje, o produto representa o maior crescimento na nossa balança
comercial, com ganho em importância na economia local”, enfatizou.
A celulose tem como principal comprador a China, que elevou
a procura pelo produto neste ano. A demanda aquecida e o dólar em alta ajudaram
no bom desempenho do insumo na balança.
Queda
Dentre os produtos que tiveram queda, os maiores percentuais
foram observados para o milho (-74,4%) e o açúcar de cana (-64,8%). A receita
com exportações para o grão recuou de US$ 289,1 milhões para US$ 73,8 milhões.
Já para a outra commodity, as vendas saíram de US$ 443,3 milhões para US$ 156
milhões.
A carne bovina e o frango também apresentaram retrações,
respectivamente, de 9,5% e 7,4% em suas exportações. A receita proveniente do produto
carne bovina desossada e congelada totalizou US$ 273,1 milhões de janeiro a
outubro, ante US$ 301,9 milhões no mesm período de 2017. Já as vendas de
pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas congelados recuaram de US$
239,4 milhões para US$ 221,6 milhões.
Ainda conforme os dados do Ministério da Indústria, as
vendas externas de minério de ferro realizadas por Mato Grosso do Sul tiveram
aumento de 18,2% no período — de US$ 104,6 milhões para US$ 123,7 milhões — e
as de minério de manganês avançaram 8%, saindo de US$ 71,9 milhões para US$
77,7 milhões.
Importações
As importações de Mato Grosso do Sul somaram US$ 2,28
bilhões em 10 meses de 2018, montante 8,2% superior ao do mesmo período do ano
passado (de US$ 2,10 bilhões). O volume de mercadorias e produtos comprados do
exterior também apresentou crescimento e passou de 6,28 milhões para 6,39
milhões de toneladas.
Com US$ 1,24 bilhão, o gás natural respondeu por 54,5% das
importações no período. No comparativo com 2017, quando foram comprados US$
950,2 milhões, o crescimento das importações de gás natural foi de 30,9%.
Cátodos de cobre refinado e seus elementos em estado bruto (US$ 115,1 milhões),
cloreto de potássio para uso como fertilizante (US$ 66,9 milhões), fios
texturizados de poliésteres (US$ 37,9 milhões) e outros veludos e pelúcias, de
malha de fibras sintéticas ou artificiais (US$ 35,9 milhões) também estão entre
os cinco principais produtos importados pelo Estado.
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