Depois de eleição, promessa de trem entre Campinas e São Paulo não sai do papel

O projeto anunciado pelo governador Márcio França (PSB) de
ampliar a linha 7 (Rubi) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)
para ligar Campinas a São Paulo parece ter sido mesmo apenas uma promessa eleitoreira.

Em setembro, o governador, então candidato à reeleição, veio
a Campinas e prometeu que até dezembro a linha estaria eletrificada e que já
seria possível fazer a primeira viagem entre Campinas e Jundiaí, que abriga a
última estação da linha 7 da CPTM. O governador, inclusive, fez uma viagem
experimental com o prefeito Jonas Donizette (PSB) e outras autoridades, saindo
da Estação Cultura.

França perdeu a eleição para João Doria (PSDB), e desde
então o governo paulista não deu continuidade ao projeto. Questionada pela
reportagem em que fase estaria a obra e se as promessas seriam cumpridas, a
Secretaria de Transportes Metropolitanos informou apenas que a proposta está
em estudo.

 

TREM INTERCIDADES

 

A extensão da linha da CPTM seria uma forma de aliviar a
espera da região pela entrega do TIC (Trem Intercidades), projeto que prevê a
ligação das regiões de Campinas, Sorocaba, São José dos Campos e Santos à
capital, por trens de passageiros. O custo estimado é de R$ 5,4 bilhões, dos
quais R$ 1,8 bilhão deve ser investido pelo governo do Estado, e o projeto
ainda está na fase de estudos.

Com o puxadinho da CPTM, o trajeto entre o
Centro de Campinas até o centro da capital levaria cerca de 1h30. A passagem
custaria ao menos R$ 30.

 

TIC

 

Nesta semana, a ANTT (Agência Nacional dos Transportes
Terrestres) sugeriu que o TIC vá até Limeira, em vez de Americana, conforme o
projeto inicial. A ideia foi apresentada em uma audiência pública sobre o tema
convocada pelo deputado federal Vanderlei Macris (PSDB), em Brasília.

Além disso, as duas empresas Rumo e MRS – que atualmente
operam o transporte de cargas por trilhos de Americana a São Paulo manifestaram
interesse em também gerenciar o transporte de passageiros quando o TIC começar
a operar. Isso, no entanto, ainda depende de um contrato para definir a
concessão do sistema.


Fonte: A Cidade On

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