A mudança de nome de estações no Estado de São Paulo tem
previsão de custar aproximadamente R$ 1 milhão à Companhia do Metropolitano, o
Metrô, e quase R$ 900 mil à CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Em ambas as companhias, as mudanças de nomes foram feitas
nos últimos dez anos, mas ainda não foram realizadas todas as alterações de
sinalização necessárias para orientar os passageiros. As informações foram
obtidas pelo Diário do Transporte via Lei de Acesso à Informação.
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No caso do Metrô, a estação Liberdade, da Linha 1-Azul, teve
o nome alterado para Japão-Liberdade em julho de 2018, após decreto assinado
pelo governador de São Paulo, Márcio França, em 24 de julho.
Por sua vez, a estação Jardim São Paulo, da mesma linha,
teve a nomenclatura alterada para Jardim São Paulo – Ayrton Senna em outubro de
2011.
Conforme informado pelo Metrô de São Paulo ao Diário do
Transporte, por meio de Lei de Acesso à Informação, o custo aproximado para
alteração é de R$ 1 milhão para troca e substituição dos seguintes materiais:
“mapas da Região Metropolitana, do Transporte Metropolitano e das Linhas nas
estações e nos trens do sistema; bem como as placas, marcos luminosos e totens
dos acessos das estações”.
Em nota, a Companhia do Metropolitano de São Paulo informou
que o nome da estação Japão-Liberdade já foi atualizado nos mapas das
plataformas e nas estações de metrô. Os trabalhos estão previstos para serem
concluídos em janeiro de 2019.
As mudanças de nome em ambas as estações ocorreram por meio
de leis que foram aprovadas pela Assembleia Legislativa na época em que as
mudanças ocorreram.
Confira a nota do Metrô de São Paulo na íntegra:
“O nome da estação Japão-Liberdade já foi atualizado nos
mapas das plataformas e nas estações de metrô. As atualizações da sinalização
no interior dos trens estão em andamento conforme o cronograma elaborado pela
Companhia. A previsão é de que o trabalho seja concluído no próximo mês de
janeiro. Na estação Jardim São Paulo – Ayrton Senna a alteração foi feita na
época da mudança do nome, em 2011. Mudanças de nomes de estações acontecem por
força de Lei aprovadas pela Assembleia Legislativa”.
MUDANÇAS NA CPTM
As mudanças de nome foram realizadas em três estações da
Linha 10 – Turquesa da CPTM nos últimos dez anos. A informação foi obtida pelo
Diário do Transporte por meio da Lei de Acesso à Informação.
O trajeto da Linha 10 liga o ABC Paulista à cidade de São
Paulo, partido de Rio Grande da Serra até o Brás, no centro da capital,
passando pelas cidades de Ribeirão Pires, Mauá, Santo André e São Caetano do
Sul.
Em 2013, a estação Ribeirão Pires foi renomeada para
Ribeirão Pires – Antonio Baspalec, devido à Lei Nº 15.051, de 24 de junho do
mesmo ano. Sancionado pelo governador da época, Geraldo Alckmin, o projeto é de
autoria da então deputada estadual Vanessa Damo.
Neste caso, o custo aproximado de gastos com mão de obra e
materiais para adequação à legislação foi de R$ 4.539,37, segundo a CPTM.
No ano seguinte, a Estação São Caetano teve o nome
modificado para Estação “São Caetano do Sul – Prefeito Walter Braido”. O motivo
foi a Lei Nº 15.623, de 19 de dezembro de 2014, também sancionada por Alckmin.
O projeto de lei é de autoria do então deputado José Bittencourt.
Para a mudança, os gastos com mão de obra e materiais para
adequação à legislação foram de R$ 3.593,91, ainda de acordo com o que foi
informado pela CPTM.
Por fim, no próximo ano, foi a vez da Estação Mooca ter o
nome modificado para Estação Juventus – Mooca. Desta vez, a Lei Nº 16.018, de
26 de novembro de 2015 também foi aprovada por Alckmin, após um projeto de lei
de autoria do então deputado Carlão Pignatari.
Na época, o custo estimado de gastos com mão de obra e materiais
para adequação à legislação foi de R$ 3.981,45.
A Companhia informou ao Diário do Transporte, também via Lei
de Acesso à Informação, que “os custos para a atualização definitiva das
informações, envolvendo a comunicação visual de trens e estações, serão de
aproximadamente R$ 896 mil”.
“Cabe salientar que os mapas no site da CPTM e nos
aplicativos oficiais disponibilizados já se encontram atualizados”, informou
ainda a Companhia.
Em nota, a CPTM afirmou que o nome das estações da Linha
10-Turquesa já estão escritos da forma modificada em mapas e estações. No
interior dos trens, porém, nem todos os carros estão com as informações atuais
e não foi informado prazo para o fim da atualização.
“O nome das estações Ribeirão Pires, São Caetano e Mooca já
foram atualizados nos mapas das plataformas e das estações da CPTM, com
recursos do orçamento. As atualizações no interior dos trens estão em andamento
conforme o cronograma previsto para a frota”, informou a CPTM, em nota.
Ao passar pelas estações, porém, é possível observar que os
nomes ainda estão com a grafia anterior, sem os demais nomes que foram
acrescentados após a sanção das leis.
MAIS MUDANÇAS
Os deputados do Estado de São Paulo ainda trazem na pauta
sugestões de mudanças de nome para diversas estações da CPTM. O assunto foi
colocado em discussão em outubro deste ano.
Em 2016, o deputado Luiz Fernando T. Ferreira apresentou o
projeto de lei nº 43 para mudar o nome da Estação Água Branca da Linha 7 – Rubi
da CPTM para “Estação Nacional – Água Branca”.
O projeto de 172, de 2006, do deputado Jorge Caruso, voltou
à pauta, provavelmente para sair de maneira definitiva já que tinha sido
vetado. A proposta quer alterar o nome da Estação Grajaú da Companhia Paulista
de Trens Metropolitanos – CPTM para a “Estação Sebastião Zillig”.
Há projetos também para nomes de estações que não operam e
que nem foram inauguradas.
O deputado Luiz Cláudio Marcolino apesentou em 2014 o
projeto 1333 que denomina de “Santa Cabrini” uma das estações da extensão da
linha 9 Esmeralda, que fica no Jardim
São Bernardo Vila Natal, Distrito do Grajaú.
Já o deputado Marcos Neves, em 2011, propôs que a estação
central de trem da CPTM em São Roque, passasse a se chamar “Estação São Roque:
Recanto dos Imigrantes”.
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