As exportações brasileiras de açúcar para a China somaram 790 mil toneladas no ano passado, 132% mais do que em 2017. O número parece bom, mas foi 95% inferior ao da média anual das exportações de 2011 a 2016.
Em 2013, o Brasil chegou a exportar 3,5 milhões de toneladas de açúcar para a China. A redução das compras vinha ocorrendo há dois anos. No primeiro trimestre do ano ano passado caiu para apenas 56 mil toneladas.
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O avanço do açúcar brasileiro no mercado chinês em anos anteriores fez o país asiático colocar pesadas taxas de importação sobre o produto nacional. A alíquota ficou próxima de 95%, o que inviabilizou as compras da commodity brasileira pelas tradings que abastecem o mercado chinês.
No segundo semestre do ano passado, o cenário melhorou. Os chineses reduziram as alíquotas sobre a commodity brasileira e impuseram taxas também aos demais produtores mundiais.
A alíquota brasileira ficou no patamar da dos demais exportadores, e o Brasil voltou a ganhar competitividade no mercado da China. A queda do preço do açúcar e a redução tributária recolocaram as tradings no mercado nacional de açúcar.
Preço e logística novamente compensaram as compras no Brasil. Além disso, o açúcar brasileiro tem qualidade superior à dos demais países, o que reduz os custos dos importadores durante o refino. Os números do segundo semestre do ano passado já indicaram um cenário um pouco diferente.
As exportações do período subiram para 733 mil toneladas e o mercado aposta em uma continuidade das importações chinesas. Se a China repetir nos dois semestres deste ano o número de julho a dezembro de 2018, ela poderá ajudar na recuperação das exportações brasileiras.
Em 2017, o país havia colocado 29 milhões de toneladas no mercado externo. Em 2018, foram 21 milhões, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior. Em receitas, as exportações totais do ano passado somaram US$ 6,5 bilhões, bem abaixo dos US$ 11,4 bilhões de 2017.
Já a China gastou US$ 217 milhões com compra de açúcar no Brasil em 2018.
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