Estimativas divulgadas ontem pelo Ministério da Agricultura voltaram a sinalizar que o valor bruto da produção (VBP) agropecuária brasileira retomará a rota ascendente em 2019, puxado pela pecuária. Segundo os novo números da Pasta, o VBP conjunto das cinco principais cadeias da pecuária somará R$ 200,3 bilhões este ano, 7,7% mais que o montante estimado para 2018 (R$ 186 bilhões), quando houve queda de 3,1% em relação ao ano anterior.
O ministério projeta aumentos para o valor da produção de bovinos (4,4%, para R$ 79,7 bilhões), de frango (18,6%, para R$ 63,1 bilhões), leite (3,6%, para R$ 33,1 bilhões) e suínos (4,5%, para R$ 14,6 bilhões). No segmento de proteínas animais, há retração prevista apenas para os ovos – de 6,8%, para R$ 9,8 bilhões.
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A reação da pecuária, que enfrentou problemas nos mercados doméstico e internacional em 2018, deverá garantir o incremento do valor da produção agropecuária em geral no país em 2019 – que não será maior que o percentual de 2,1% previsto (para R$ 581,6 bilhões) em virtude da queda de 0,7% projetada para o VBP da agricultura, onde as 21 principais lavouras deverão render R$ 381,3 bilhões.
Carro-chefe do agronegócio brasileiro, a soja deverá registrar, em 2019, o primeiro ano de queda após oito seguidos de crescimento. Para a oleaginosa, cujas lavouras vêm sendo prejudicada pela falta de chuvas em polos da região Sul, o ministério agora estima R$ 139,2 bilhões neste ano, 2,2% menos que em 2018.
Para cana e milho, o cenário traçado continua a apontar direções opostas. Em parte graças à queda dos preços do açúcar, para a cana a expectativa é de redução de 5,7% em relação a 2018, para R$ 57,6 bilhões, mas para o milho é de recuperação após a quebra da safra 2017/18. O valor bruto da produção do cereal no ano que vem passou a ser estimado em R$ 53,5 bilhões, 13,5% mais que em 2019.
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