A privatização do Porto de Santos não está nos planos do Governo Federal, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em evento na Capital na terça-feira (29). Ele negou, também, a possibilidade de se delegar o complexo marítimo para o Estado de São Paulo, muito embora o governador paulista, João Doria (PSDB), venha reiterando, em discursos a diferentes públicos, seu apoio à concessão do Porto à iniciativa privada.
“Primeiro, o Porto é nosso”, disse o ministro, ao ser questionado sobre as frequentes declarações de João Doria.
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Perguntado, então, se o governo poderia delegar ao estado o Porto, ele respondeu: “Não, não vai delegar, já falei com ele isso”. Freitas disse, ainda, que a eventual privatização do Porto de Santos “não está em discussão agora”.
Freitas participou, na terça-feira, de evento promovido pelo Credit Suisse, onde discursou, pela manhã, o governador paulista. Na ocasião, falou que a venda do Porto, de 23 aeroportos e de estradas estaduais estão entre as prioridades de sua gestão.
Portos, aeroportos e ferrovias
Enquanto trabalha para realizar leilões de 23 portos, aeroportos e ferrovias nos primeiros 100 dias de governo Jair Bolsonaro, o Ministério de Infraestrutura avança para que o ritmo de concessões possa ser mantido ao longo de todo o governo. O ministro Tarcísio Freitas indicou que pretende lançar em breve um grande pacote de rodovias, que ainda não está qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Ele citou trechos como BR-381/MG, BR-262/ES e BR-163/PA, que já estão com estudos preliminares mais adiantados e devem ir para consulta pública em breve. Segundo Freitas, a expectativa é que, ao longo do governo, possam ser leiloadas rodovias que receberão ao longo dos 30 anos de concessão até R$ 100 bilhões em investimentos.
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