A Vale informou, na manhã deste sábado (22), que as operações na mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), foram integralmente retomadas. O retorno das operações a úmido foi possível após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a barragem de Laranjeiras.
A mina é a maior Minas Gerais e representa 9% da produção nacional da mineradora. Segundo a Vale, a operação a úmido é aquela que utiliza água no processamento do minério de ferro e, consequentemente, gera rejeito que é disposto em barragem.
Na última terça-feira (18), o presidente do STJ, João Otávio de Noronha, atendeu a um pedido do município de São Gonçalo do Rio Abaixo para retomar a utilização de Laranjeiras.
O município pediu a suspensão de uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que suspendeu as atividades da barragem e mais sete em fevereiro deste ano, após uma ação civil pública do Ministério Público. A mineradora já tinha conseguido voltar a operar e precisou suspender as atividades novamente. A última suspensão das atividades havia sido no dia 6 de maio.
No pedido ao STJ, a prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo alegou que a paralisação de qualquer estrutura que impossibilite a operação da mina afeta diretamente a economia da cidade.
O município também disse ao tribunal que a barragem Laranjeiras possui recente Declaração de Estabilidade, o que afasta risco no uso da estrutura.
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