A linha 15-Prata de monotrilho, que atende a parte da zona Leste de São Paulo, passou a contar nesta terça-feira, 22 de outubro de 2019, como uma nova subestação de geração de energia, localizada entre as estações Camilo Haddad e São Lucas.
Com isso, o sistema de trens leves com pneus que circulam em elevados deixa de depender da energia gerada para a linha 2-Verde do Metrô.
A informação é do secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, na manhã desta terça-feira, em resposta aos questionamentos do Diário do Transporte sobre as perspectivas de inaugurações para a rede ainda neste ano, durante evento de apresentação das obras de ampliação do acesso da estação Capão Redondo, da linha 5-Lilás, onde também revelou à reportagem que dentro de 60 dias, a linha 5 recebe mais sete trens.
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Baldy afirmou que a nova subestação é mais moderna que as atuais, sendo mais compacta, ocupando assim menos espaço.
O secretário também confirmou o que já havia sido prometido pelo Governador João Doria: até o final deste ano de 2019, serão entregues três estações do monotrilho da linha 15: Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus.
A última estação do trecho a que deve se resumir o monotrilho da linha é Jardim Colonial, que deve estar pronta em 2021.
Segundo Baldy, com a inauguração das três estações na zona Leste, o total de passageiros atendidos pela linha 15-Prata deve passar dos atuais 100 mil por dia útil para em torno de 300 mil.
Como mostrou o Diário do Transporte no início desta semana, o Metrô informou que realiza testes operacionais para preparar a linha 2-Verde para a demanda maior que deve receber após estas novas estações da linha 15-Prata.
Passageiros que hoje usam ônibus e depois a linha 3-Vermelha do Metrô na zona Leste, devem se deslocar de monotrilho da linha 15-Prata e metrô da linha 2-Verde.
Uma das alternativas testadas para evitar superlotação, é que no pico da tarde, alguns trens da linha 2-Verde têm saído vazios da estação Trianon-MASP na direção de Vila Prudente, onde se encontram monotrilho e metrô.
BRT do ABC:
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, ainda falou em resposta aos questionamentos do Diário do Transporte sobre o BRT do ABC.
Baldy repetiu a previsão: o projeto completo e a modelagem de concessão do sistema de ônibus rápidos e de maior demanda que os corredores comuns devem ser apresentados até dezembro.
O BRT do ABC vai ligar São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano do Sul, Estação Tamanduateí do Metrô e da CPTM e o Terminal Sacomã, na zona Sudeste da cidade de São Paulo.
O meio de transporte foi escolhido para substituir o monotrilho da linha 18-Bronze, que ligaria São Bernardo do Campo à estação Tamanduateí.
De acordo com o Governo do Estado, o monotrilho seria muito caro para uma demanda limitada que atenderia e que, para a quantidade de passageiros estimada para a ligação, o BRT dará conta, mas consumindo muito menos recursos.
Segundo a gestão Doria, enquanto o monotrilho custaria quase R$ 6 bilhões para ser implantado, o BRT ABC deve sair por aproximadamente R$ 860 milhões.
O Governo do Estado estima que as obras do BRT do ABC comecem no primeiro semestre de 2020 com conclusão para o primeiro semestre de 2022.
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