Mato Grosso é o maior produtor de soja do país. Para esta safra está prevista a produção de 33 milhões de toneladas. O setor é responsável por mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB). Entretanto, segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) toda essa produção esbarra num problema que persiste há anos: o escoamento.
Edeon Vaz, diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, explica que o estado tem mais de 30 mil quilômetros de estradas estaduais. Desse total, apenas 6,5 mil quilômetros são pavimentados. E dos trechos asfaltados, muitos estão em más condições de trafegabilidade.
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Em nível de municípios, calcula-se que haja em torno de 100 mil quilômetros de estradas vicinais sem pavimento.
Isso faz com que os próprios produtores, muitas vezes, tenham fazer a manutenção das estradas vicinais e, em alguns casos, das rodovias estaduais. Eu afirmou que hoje, as estradas estaduais, talvez, sejam o maior problema de logística do estado,
A logística, segundo o presidente da Aprosoja, Antônio Glavan, é um dos fatores que encarecem o frete e, consequentemente, a produção agrícola no estado. É o maior problema, enfrentado pelos produtores da porteira para fora, afirmou.
De acordo com as avaliações realizadas pelo Movimento Pró-logística, para melhorar este cenário é preciso investir, não apenas em recuperação, mas abertura de novas estradas.
Além disso, segundo o movimento, o estado precisa trabalhar para que as ferrovias sejam concluídas.
É preciso que o trecho da Ferronorte entre Rondonópolis e Lucas do Rio Verde seja concluído. Assim como a Ferrogrão entre Sinop e Miritituba (PA) e Ferrovia Norte Sul até Água Boa e, posteriormente, Lucas do Rio Verde, destacou Edeon.
Por outro lado, as rodovias federais evoluíram muito nos últimos anos. Segundo ele, os três ‘corredores’: BRs 163, 364 e 158 receberam muito investimento e tem conseguido fazer com que a produção estadual chegue aos portos.
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