Lideranças de diversos partidos viram na prisão de Alexandre Baldy outra ação midiática de Marcelo Bretas para esculachar a política e os políticos, a exemplo do que o juiz já havia feito com Michel Temer. O entorno do ex-presidente e os amigos do secretário dos Transportes Metropolitanos apontam a plausível motivação: Bretas explicitou sua candidatura ao STF. O juiz da Lava Jato do Rio é terrivelmente evangélico, se identifica com Jair Bolsonaro e, agora, manda prender um secretário de João Doria e muito próximo de Rodrigo Maia.
Precisava? O incômodo do mundo político: a detenção temporária foi um exagero e um constrangimento desnecessário porque os fatos investigados são antigos, e Baldy tem endereço fixo, família, emprego, etc.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Via-crúcis. Ao sair da cadeia, Baldy será aconselhado por interlocutores a reagir no estilo Michel Temer (de quem ele foi ministro): ir para o embate político.
Menos mal. Amigos de Baldy comemoram ao menos o fato de que a família dele não estava em casa no momento da operação.
Cenoura. O uso das vagas no Supremo feito por Bolsonaro ainda deve motivar outras interferências de magistrados e promotores no mundo da política, avaliam líderes experientes.
Simbólico. Foi na casa de Baldy, em Brasília, o jantar mais concorrido às vésperas da eleição para a presidência da Câmara, em fevereiro do ano passado.
Amigos? Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Arthur Lira (PP-AL) se encontrarão hoje em jantar de realinhamento. O assunto Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) deve ficar fora do cardápio, já que a sua saída da liderança da maioria é vista como um fato consumado.
Assim falou. Na triste escalada dos números de mortos no Brasil por causa da covid-19, é hora de lembrar da barbeiragem de Luiz Eduardo Ramos.
.Eduardo Ramos. Em 15 de março, o ministro-general evocou a Bíblia e os mortos no trânsito no Brasil para arrematar: Os números são impactantes, mas nem por isso é instaurado um clima de terror.
Ah, não! De Randolfe Rodrigues (Rede-AP) sobre o parecer da Advocacia do Senado, antecipado pela Coluna, pelo não prosseguimento do caso contra Flávio Bolsonaro no Conselho de Ética da Casa: Álibi jurídico para que o conselho arquive. A Rede é uma das siglas que assinam a representação contra o filho 01.
Cadê? O parecer, aliás, já foi encaminhado a Davi Alcolumbre (DEM-RJ) com uma recomendação do secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira, de suspensão de prazos até que o conselho volte ao normal.
Quero saber. Randolfe também irá apresentar à Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência do Congresso requerimentos para que o Ministério da Justiça apresente documentos sobre eventuais dossiês produzidos pela pasta.
Explica aí. Para ele, o ministério tem sido contraditório quando explica se há ou não investigações sobre opositores do governo. André Mendonça, titular da pasta, participa de reunião fechada com os parlamentares hoje.
CLICK. O governo federal lançou campanha conservadora em que diz: Em uma nação em que todas as vidas importam, ninguém fica para trás. O tema não é a covid-19.
Gol. Marcelinho Carioca abriu mão de vaga na disputa pela Câmara dos Vereadores de São Paulo em ofício enviado ao PSL paulista em 8 de junho passado.
.contra. Agora, desde que o ex-jogador posou para fotos com o presidente Jair Bolsonaro, os dirigentes do partido querem fazer valer o documento.
Nome. Paulo Skaf tem ligado para presidentes de federações defendendo a candidatura de Rafael Cervone, da Abit (setor têxtil), como alternativa a sua sucessão na Fiesp.
Seja o primeiro a comentar