No rastro do coronavírus, a população do estado se vê às voltas com uma nova ameaça: um colapso nos transportes públicos capaz de tornar a vida dos passageiros mais difícil do que já é hoje. Com a queda drástica no número de usuários, as empresas que administram trens, metrô, barcas, VLT e ônibus projetam um prejuízo de cerca de R$ 2,6 bilhões este ano. Um alívio momentâneo pode vir da União se a Câmara dos Deputados aprovar esta semana projeto de lei com um socorro emergencial de R$ 4 bilhões para o setor, dos quais cerca de R$ 130 milhões devem ser destinados ao Rio. Mas, sem a garantia de que o auxílio vai chegar, a única certeza é que serão tempos de sufoco em dose dupla.
Influência do ‘home office’ A SuperVia avalia ter que diminuir a frequência dos trens e deixar de circular em alguns horários nos ramais que cortam a capital e a Baixada Fluminense. O sistema, que operava com média de 600 mil usuários por dia, acumula, desde o início da pandemia, perda acumulada de 42 milhões de passageiros, o que abre um buraco nas contas. A normalidade está longe de voltar aos trilhos porque, assim como outros meios de transporte, a retomada da demanda é lenta, influenciada pelo aumento do desemprego e o home office.
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