Malha Oeste: PPI já adianta estruturação da nova concessão, diz secretário

O futuro da Malha Oeste, cujo pedido de devolução de concessão foi feito em julho pela Rumo, já começou a ser tocado também pela secretaria de Transportes do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). O processo está em análise pela ANTT, depois segue para o ministério da Infraestrutura e, por fim, precisa do aval do PPI.

”O caminho natural é que haja o aceite da devolução, de acordo com as regras da Lei 13.448. Nós, que estamos no campo de avaliação, entendemos que não haveria motivos para não aceitar essa devolução por parte da Rumo. Inclusive, já estamos até endereçando como será feita a situação da nova licitação, da nova concessão da Malha Oeste”, afirmou o secretário de Transportes do PPI, Thiago Caldeira.

Segundo Caldeira, o PPI está prestes a fechar um acordo com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (conhecido pela sigla CAF), para a estruturação dos estudos de viabilidade e ambiental da nova concessão da ferrovia. A ideia é avaliar os trechos viáveis economicamente, o que vale a pena ou não ser levado à concessão novamente. ”O CAF têm muito interesse em executar e a gente está conversando com eles sobre isso. Aguardamos a instrução técnica para propor ao Conselho do PPI a avaliação da devolução da Malha Oeste, mas já estamos adiantando inclusive esse trabalho de estruturação da nova concessão”.

Uma das razões do interesse que o banco tem em estruturar uma possível nova concessão da Malha Oeste é um projeto que está sendo desenvolvido na Bolívia. Em outubro de 2019, o CAF assinou um acordo com o governo boliviano, para elaboração de estudos técnicos do chamado Corredor Ferroviário Bioceânico de Integração, que busca unir os oceanos Pacífico e Atlântico, integrando países como Brasil, Bolívia e Peru.

”Esse foi um dos motivos de a CAF ter se apresentado e se colocado à disposição, inclusive com recursos próprios, para estruturar esse projeto. Eles já trabalham no trecho da ferrovia na Bolívia, oferecendo apoio financeiro, técnico, então acham que há um potencial ali para a ferrovia ter, captar e entregar carga de um país para o outro”, disse Caldeira.

O secretário de Transportes do PPI é o entrevistado especial da edição Julho/Agosto da Revista Ferroviária. O tema central da conversa foi a carteira de projetos ferroviários que está sendo trabalhada pelo PPI atualmente. Tem muita novidade e informação importante para o setor. Fiquem ligados!

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