O Metrô de São Paulo publicou no Diário Oficial deste sábado (26) que a empresa Coesa Engenharia foi a vencedora da licitação para obras de acabamento e paisagismo na via e em sete estações da Linha 17-Ouro do Monotrilho. A obra, que havia sido prometida para a Copa de 2014, possui cinco contratos diferentes.
O cronograma para o início dos trabalhos nas estações será elaborado após a assinatura do contrato, que está prevista para novembro.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
A empresa Coesa Engenharia havia ficado em segundo lugar em outro processo licitatório que aconteceu em outubro de 2019. Na ocasião, a empresa Constran Internacional Construções venceu a licitação, mas as concorrentes recorreram, alegando irregularidades.
Em julho deste ano, o Tribunal de Justiça decidiu afastar a Constran. A empresa recorreu, mas a decisão foi mantida em segunda instância.
No final de agosto, o Metrô rompeu o contrato e abriu um novo edital. Ele foi suspenso no dia 15 de setembro a pedido da Constran. No entanto, no dia seguinte a Justiça suspendeu a decisão e a retomada da licitação foi autorizada.
Atrasos A autorização para a obra do monotrilho foi assinada em 2012. A previsão era a de que a Linha-17 Ouro do Monotrilho fosse entregue na Copa do Mundo de 2014. Além do atraso, a obra também diminuiu de tamanho, de 19 para 8 estações, e aumentou de valor, de R$ 3,2 bilhões para R$ 4,4 bilhões.
Atualmente, a previsão é de que ela tenha 8 estações: Congonhas, Jardim Aeroporto, Brooklin Paulista, José Diniz, Campo Belo – com ligação para a Linha 5-Lilás do Metrô, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi – com acesso à Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Apenas uma estação continua com as obras em andamento, a estação Morumbi, que tem um contrato separado das outras.
Parte do atraso se deve ao fato de que as empresas contratadas estão sendo investigadas na Lava Jato e tiveram contas bloqueadas. O governo teve de fazer novas licitações e tudo isso contribui para os atrasos.
Contratos A construção da Linha Ouro é dividida em cinco contratos: um para o pátio de manutenção, três para construir nove estações e o principal, que contempla trens, vigas por onde eles devem passar e a sinalização.
Em março de 2019, o Metrô decidiu rescindir unilateralmente o principal contrato de construção do monotrilho da Linha 17-Ouro. Segundo o governo do estado, a obra vinha sendo conduzida em ritmo lento pelo Consórcio Monotrilho, comandado pela empreiteira Andrade Gutierrez, pois a fabricante de trens, Scomi, com sede na Malásia, que também fazia parte do consórcio, faliu. A decisão exigiu novos editais de concorrência para licitação da obra.
Um novo contrato para fabricação e o fornecimento de 14 trens foi assinado em 27 de abril deste ano entre o Metrô e o Consórcio Byd Skyrail.
A fabricação dos trens começou dia 26 de maio e inclui, além do fornecimento de trens, portas de plataformas, sistemas de sinalização e equipamentos para a linha, que vai ligar a estação Morumbi da CPTM ao Aeroporto de Congonhas, localizada na Zona Sul de São Paulo.
No entanto, em julho, o contrato foi suspenso por decisão do Tribunal de Justiça, que atendeu a um pedido do Consórcio Signalling, composto pelas empresas TTrans, Bom Sinal e Molinari, que alegou ter oferecido menor preço, mas não venceu o certame.
Na última sexta-feira (25), a Justiça autorizou a retomada do contrato principal. Com a liberação, o Metrô determinou que a empresa contratada para o serviço inicie a fabricação dos 14 trens no dia 1º de outubro.
A Linha 17-Ouro terá em seu trecho prioritário 7,7 km de extensão de vias e oito estações para ligar o Aeroporto de Congonhas à estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda, passando pela Linha 5-Lilás, na estação Campo Belo.
Seja o primeiro a comentar