O Pátria Investimentos acaba de finalizar a captação de R$ 10 bilhões para um fundo voltado exclusivamente para infraestrutura. O plano do grupo é investir os recursos em novos projetos de transportes, saneamento básico, telecomunicações e energia elétrica, no Brasil e na América Latina.
O fundo é o quarto do gênero já levantado pela gestora. O primeiro deles foi captado em 2006 e deu origem à empresa que depois se tornou a CPFL Renováveis, de geração elétrica. O segundo, de 2011, levantou os recursos que criaram a Hidrovias do Brasil, de logística, e a Highline, de infraestrutura de telecomunicações.
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O terceiro, captado entre 2014 e 2015, levantou R$ 5,3 bilhões e garantiu a entrada do Pátria no segmento de data center e em concessões de rodovias, setor no qual o grupo se tornou um dos grandes operadores.
O novo fundo já estava ativo, em fase pré-operacional. Dos R$ 10 bilhões captados, cerca de 40% já estão comprometidos em três projetos: o primeiro, na Essentia Energia, novo braço de geração renovável do Pátria; o segundo são os investimentos da concessão rodoviária Piracicaba-Panorama, em São Paulo, conquistada pelo grupo em janeiro deste ano; e o terceiro é uma nova plataforma de infraestrutura para telecomunicações – a nova marca será lançada em breve.
Agora temos todo o período de investimentos para alocar o restante, é um volume de capital bastante grande. O Brasil tem uma agenda robusta e, além disso, somos bastante ativos nos coinvestimentos. Muitos cotistas se interessam em coinvestir [ou seja, fazer investimentos adicionais em projetos específicos], então nossa mobilização de capital é maior do que a capacidade do fundo em si, afirma Otavio Castello Branco, sócio de infraestrutura do Pátria Investimentos.
Ele conta que os pilares de investimento do Pátria nos próximos anos serão justamente aqueles em que o grupo já tem experiência: transportes, energia elétrica, telecomunicações e dados. Além disso, o grupo prepara sua entrada no segmento de saneamento básico. Ele destaca que ainda não há nada concreto, e que o grupo ainda está se preparando.
Muito provavelmente, [no novo fundo] haverá investimento em saneamento no Brasil. Agora, não tenho respostas sobre qual será, quando virá e em qual formato. Mas estamos nos preparando, montando time, avaliando todas as oportunidades, afirma o executivo.
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