Trem Intercidades passa por modelagem financeira

Prédios, vagão e estrutura que compunham a fase áurea da antiga estação da Fepasa, em Campinas (Wagner Souza/AAN)

Com a aprovação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) da renovação antecipada da concessão ferroviária da Malha Paulista da Rumo, a Secretaria de Transportes Metropolitano passou a definir desde o início deste ano a modelagem financeira da concessão do trem intercidades (TIC) que ligará Campinas a São Paulo e que englobará o TIC e a linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

O governo não vê mais empecilhos grandiosos para a implantação do projeto. A previsão é que o contrato de concessão seja assinado em 2021. Com a renovação, o contrato, que venceria em 2028, ganhou mais 30 anos e se estenderá até 2058.

Edital

O cronograma anunciado pelo governado do Estado para a implantação do trem está sendo tocado.TIC e linha 7-Rubi compartilharão parte das vias e estações, o que tornará a concessão mais atraente, porque quase meio milhão de pessoas usam a linha 7 diariamente entre São Paulo e Jundiaí. O contrato terá previsão para que o futuro concessionário possa optar pela extensão do traçado até o Aeroporto Internacional de Viracopos em um horizonte de médio prazo, estabelecendo gatilhos de demanda de passageiros para a viabilização da extensão.

Campinas

O eixo Campinas a São Paulo será viabilizado por parceria público-privada (PPP) que incluirá a implantação do TIC e a operação, manutenção e conservação da Linha 7-Rubi. O governo estuda trocar o trecho da Linha 7 por um serviço metropolitano entre Francisco Morato e Campinas, com paradas em Louveira, Vinhedo, Valinhos e Jundiaí. Com isso, haveria um trem expresso entre Campinas, Jundiaí e São Paulo e outro parador, incluindo Louveira, Vinhedo e Valinhos.

Transição

Haverá um período de transição da linha da CPTM até a concessão, e para o TIC serão necessárias intervenções e obras nos trilhos entre Jundiaí e Campinas concedidos pelo governo federal e por onde passam os trens de cargas. Viagens expressas

O Trem Intercidades prevê viagens expressas com paradas de 50 km ou 200 km. Os trens deverão ainda ter ar-condicionado, Wi-fi, serviço de bordo e velocidade acima de 120 km/h.

Investimento

A concessão terá prazo de 30 anos e deve investir cerca de R$ 7 bilhões que incluem melhorias na Linha 7-Rubi. Nos cálculos do governo, a viagem de cerca de 100 km entre Campinas e a estação Barra Funda levará uma hora, já a ligação entre Jundiaí e a capital paulista pelo Trem Expresso deverá levar apenas 30 minutos, bem mais veloz do que utilizar a linha da CPTM atualmente.

Uso compartilhado

O uso compartilhado entre trens de carga e de passageiros na ferrovia entre Jundiaí e Campinas não enfrentará problemas, porque a Rumo já assinou um termo de compromisso com o governo do Estado, quanto à utilização do trecho. É uma ligação que tem maior vocação para o transporte de passageiros, por ser contíguo ao trecho da CPTM e também por ter o maior contingente populacional. Segundo a concessionária, esse trecho tem pequeno tráfego de cargas e pode ser compartilhado.

Fonte: https://correio.rac.com.br/_conteudo/2020/10/campinas_e_rmc/1017177-trem-intercidades-passa-por-modelagem-financeira.html

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