O Globo – O terminal de Meishan, instalado no terceiro maior porto de contêineres do mundo,foi reaberto nesta quarta-feira após uma paralisação de duas semanas que prejudicou ainda mais as rotas de navegação já estressadas na Ásia.
O terminal retomou as operações normais nesta quarta-feira, disse um funcionário do porto em entrevista coletiva na cidade chinesa de Ningbo. O terminal ocupava cerca de um quarto da capacidade do porto de Ningbo-Zhoushan e foi fechado em 11 de agosto, depois que um trabalhador testou positivo para Covid-19.
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Com o fechamento de Ningbo-Zhoushan, cerca de 350 navios porta-contêineres tiveram que esperar fora dos portos para seguir viagem, de acordo com a VesselsValue, que monitora o tráfego de embarcações do mundo.
O congestionamento e os atrasos nas rotas de transporte globais devido à Covid só pioraram este ano, uma vez que as exportações chinesas atingiram novos recordes devido ao aumento da demanda global.
Este foi o segundo fechamento de parte de um porto na China este ano devido a um surto da Covid, após o fechamento de um mês do porto de Yantian, no final de maio. Os episódios levantam temores de novas filas de embarcações, como as vistas quando o navio Ever Given encalhou no Canal de Suez, em março, bloqueando uma das hidrovias mais importantes para o comércio mundial.
Com a demanda por navios e contêineres crescendo este ano e as empresas aumentando as exportações para a Europa e os EUA para a temporada de compras de fim de ano, mesmo um fechamento limitado de parte de um porto é caro para compradores e transportadores.
Mesmo que o terminal de Meishan tenha sido fechado por apenas algumas semanas, provavelmente vai demorar um pouco para o congestionamento diminuir.
Hoje, um contêiner custa quase US$ 11 mil para enviar mercadorias de Xangai para Los Angeles, um novo recorde e mais de 220% superior ao do ano anterior.
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