Veja como é o transporte de cargas entre a região oeste e o Porto de Paranaguá

Série Novos Trilhos mostra como é o transporte entre a região oeste e o Porto de Paranaguá - Reprodução TV RPC
Série Novos Trilhos mostra como é o transporte entre a região oeste e o Porto de Paranaguá - Reprodução TV RPC

G1 – O Paraná é um dos estados que mais exportam carnes e grãos para o restante do mundo, e grande parte da produção precisa cruzar o estado até chegar ao Porto de Paranaguá, no litoral do estado. Esse é o assunto da segunda reportagem da série “Novos Trilhos”, produzida pela RPC.

Em 2020, o Paraná produziu 4,49 milhões de toneladas de carne de frango, sendo 33,4% de toda produção nacional.

Além de principal produtor, o Paraná é o principal exportador da carne, respondendo por 40,9% das exportações brasileiras no setor, vendendo para mais de 150 países, tendo a China como o principal destino.

O carregamento de cinco grandes cooperativas da região oeste é feito em um terminal em Cascavel. De lá saem entre 35 e 40 vagões diretamente para Paranaguá. Um vagão leva em torno de 15 minutos para ser carregado. Uma composição de 40 vagões, leva até 12 horas para ficar pronta.

A carne que vai até o Porto de Paranaguá de trem é uma quantidade pequena. No oeste do estado, também se concentra boa parte da produção de grãos do Paraná. Assim como a carne de frango, a quantidade de grãos chegando ao Porto de trem é pequena.

A falta de investimento pesa no custo logístico das agroindústrias. O preço médio do transporte da tonelada por quilômetro percorrido na ferrovia é R$ 0,33, no trajeto de Cascavel a Paranaguá.

Já para sair de Paranaguá e ir até a Ásia de navio, a mesma tonelada custa R$ 0,05 por quilômetro. As agroindústrias também levam em conta a demora do transporte, que atualmente é de uma semana para chegar ao porto.

A descarga completa de uma composição pode levar até 24 horas, sendo uma etapa fundamental da logística. Isso porque é preciso dividir os vagões, pois a estrutura atual não consegue receber todos de uma vez.

Novos projetos
Para melhorar o processo, no começo de 2022 será licitado o projeto que centraliza em um único ponto a descarga de trens graneleiros.

O chamado “Moegão” é uma estrutura já pensada em atender a nova ferrovia e suas obras vão custar R$ 500 milhões. Com a mudança, a capacidade de descarga passa de 550 vagões por dia para 900.

Outro investimento no Porto será o de aprofundamento no canal, que permite o acesso de navios maiores, já prevendo o aumento da movimentação de cargas com a nova ferrovia.

O Porto de Paranaguá tem um sistema único no Brasil, em que as composições entram no terminal por uma linha interna, para facilitar a descarga.

Além de melhorias na chegada, a nova Ferroeste promete dar mais velocidade para que as cargas atravessem o estado.

Os trens devem passar de uma velocidade entre 15 km/h e 30 km/h atualmente, para uma velocidade de 80 km/h. Com isso o tempo de viagem entre Cascavel e o Porto, que hoje leva uma semana, passa a ser de 18 horas, com as composições podendo levar até 160 vagões.

A nova Ferroeste também deve facilitar a volta do trem para o interior do estado. As limitações da atual ferrovia faz com que a maioria das composições subam a serra vazias, ou com a carga mínima.

Fonte: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2021/12/14/veja-como-e-o-transporte-de-cargas-entre-a-regiao-oeste-e-o-porto-de-paranagua.ghtml

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