G1 – Os trens que ligavam o subúrbio de Salvador à estação da Calçada completaram um ano sem funcionar. As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), transporte que substituirá a opção, estão atrasadas.
Depois de mais de 160 anos em operação, o serviço saiu de cena para execução de obras do VLT, mais moderno.
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As obras do VLT ficam a cargo da Cia de Transporte da Bahia. A concessionária chinesa Skyrail é a empresa que executa o projeto.
O VLT percorrera 24 km de extensão de Ilha de São João, em Simões Filho, cidade da região metropolitana de Salvador, até o entroncamento do metrô na Rótula do Abacaxi. A obra segue no que será o pátio de manutenção dos veículos na antiga Estação da Calçada.
A área foi terraplanada, tem prédios já construídos e outros sendo erguidos. A subestação de energia acabou de receber transformadores, mas ainda não funciona.
A entrega da primeira etapa de 4,5 quilômetros a partir da Calçada, que seria entregue no fim deste ano, não terá o prazo cumprido, segundo o presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello.
“São obras complexas, de grande porte como essa, está sujeita sempre a alguma situação. Nesse caso da implantação do VLT, nós tivemos os efeitos da pandemia, algumas outras situações e as obras seguem com um prazo de 32 meses aproximadamente”, disse Eduardo Copello.
Ainda de acordo com a CTB, as 450 casas ao longo dos 24 km do VLT que vão ser desapropriadas conforme o projeto também tiveram o processo atrasado por causa da pandemia.
Atraso nas obras do BRT
Outro projeto de transporte da cidade também sofre atrasos com as chuvas e o coronavirus. O BRT ou ônibus de trânsito rápido, com faixas exclusivas vai interligar as regiões do Iguatemi, Parque da Cidade e Lapa.
O serviço foi dividido em três etapas:
- O trecho 1 que vai da região do Iguatemi ao Parque da Cidade onde a parte viária está pronta;
- A etapa 2 que vai do Parque da Cidade até Estação da Lapa com previsão de ficar pronta no começo do 2° semestre do ano que vem;
- A etapa 3 do Parque da Cidade até a Pituba.
A previsão é que obras fiquem prontas em julho deste ano. E logo em seguidas os veículos comecem a rodar nas faixas exclusivas. É esta parte da obra que está ainda em execução na Avenida ACM.
A previsão é que ele já estaria prestes a ser entregue. Quem usa ônibus espera e reclama.
De acordo com a Secretaria de Mobilidade, a obra vai atrasar em pelo menos quatro meses.
“Tão logo a etapa 3 seja entregue, a previsão da prefeitura é que, em ato contínuo, a gente comece a rodar já no segundo semestre, as primeiras linhas do BRT. Nesse primeiro momento, são duas linhas circulares, que farão o trajeto da região do Iguatemi até a Pituba”, disse o gestor da pasta da Mobilidade, Fabrizzio Muller.
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