Valor Econômico – A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) reajustou os valores dos pisos mínimos de frete. Segundo o órgão, a medida decorre do aumento do preço médio do litro de diesel. A variação foi de 11% a 14% do referencial mínimo de frete, dependendo do tipo da carga e número de eixos.
“Considerando a divulgação, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do preço médio do óleo diesel S10 referente à semana de 13/03/2022 a 19/03/2022, no valor de R$ 6,751 por litro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atualizou os coeficientes do pisos mínimos do transporte rodoviário de cargas, mediante aplicação do percentual de 24,58% ao valor do óleo diesel utilizado para o cálculo das tabelas, o que resultou em uma variação de 11% a 14% do referencial mínimo de frete, a depender do tipo da carga e número de eixos”, informou, em nota.
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No dia 11, a agência divulgou uma outra nota, dizendo que estava atenta à alteração dos preços do diesel anunciada pela Petrobras um dia antes.
A ANTT acrescentou que acompanha semanalmente as pesquisas da ANP, que medem o reflexo dos reajustes nas refinarias nos preços praticados nas bombas, e iria promover os ajustes na Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM) caso atestasse o atingimento do percentual acumulado de 10%.
“Importante lembrar que os valores acompanhados pela agência, que impactam nos pisos mínimos, são os praticados na bomba e não os anunciados pela Petrobras. Por esse fato, o reajuste não ocorre de forma imediata”, acrescentou à época.
“Além disso, a agência está intensificando as operações de fiscalização da tabela frete em todo território nacional, para garantir o cumprimento dos valores estabelecidos.”
A política de preço mínimo do frete rodoviário foi proposta pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) em resposta à greve dos caminhoneiros que paralisou o país em 2018. Parcela relevante da categoria é considerada base eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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