Valor Econômico – Em um leilão sem competição, o grupo chinês Cofco conquistou o arrendamento de um dos maiores terminais de grãos no Porto de Santos, o STS11. A companhia fez a única oferta pelo ativo, com outorga de R$ 10 milhões.
A concorrência havia sido alvo de críticas de atores do setor privado, que consideraram muito curto o prazo para a análise do ativo. O edital foi publicado no início deste mês, 23 dias antes da sessão pública da licitação, realizada na quarta-feira (30). O leilão, feito na sede da B3, em São Paulo, foi o último do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que deixa o cargo para disputar o governo de São Paulo.
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Com a vitória, a Cofco poderá explorar a área por 25 anos, com possibilidade de extensão para até 70 anos, caso seja do interesse do governo. Estão previstos investimentos de R$ 764,8 milhões. O terminal chegará a uma capacidade dinâmica de 14,3 milhões de toneladas de grãos por ano, uma das maiores do país.
No leilão realizado ontem, houve ainda a concorrência por outros dois terminais portuários. Um deles, o terminal SUA07, de carga geral, no Porto de Suape (PE), também teve apenas um grupo interessado: o Consórcio SUA Granéis, formado pelas empresas Agemar Transportes, Loxus e Marlog (Marajó Logística).
Sem concorrência, o grupo fez proposta de R$ 15 mil de outorga pelo contrato, que também terá duração de 25 anos. O local já abrigou uma operação de açúcar da Agrovia do Nordeste, da Odebrecht, mas o contrato foi rescindido de forma amigável. Para a nova licitação, o terminal passou a prever, além do açúcar, a movimentação de outras cargas, como coque de petróleo. Ao todo, estão previstos investimentos de R$ 59,8 milhões.
O governo do Paraná também fez a licitação de um terminal voltado a açúcar ensacado, no Porto de Paranaguá, o PAR32.
A vencedora foi a FTS Participações Societárias, do grupo Fortesolo, que, após disputa por viva-voz, chegou a uma oferta de R$ 30 milhões de outorga. A companhia derrotou a proposta da TEAPar (Terminal Portuário de Paranaguá), que tem como sócios a Tereos e o grupo Marcon Logística Portuária.
O contrato, que terá duração de dez anos, prevê R$ 4,17 milhões de investimentos em obras de expansão e R$ 124,3 milhões de custos operacionais.
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