Editorial

A expectativa da renovação antecipada dos contratos de concessão dos operadores de cargas, foi, por algum tempo, a luz no fim do túnel que a indústria ferroviária brasileira vislumbrava para sair da crise da falta de encomendas.

Com as renovações da Malha Paulista e das ferrovias da Vale equacionadas e com o contrato da MRS já aprovado pelo TCU, a luz virou uma ilusão de ótica. A crise mundial que elevou o preço do aço e do petróleo tem impacto direto no setor e levou os operadores a, literalmente, pisarem no freio dos investimentos.

Como as regras para aquisição de material rodante nos novos contratos são mais flexíveis do que o cronograma de realização de obras, as encomendas para a indústria acabaram não sendo priorizadas. Ao fechar a compra dos 62 carros de passageiros da EFVM e de Carajás com a chinesa CRRC Sifang, a Vale – com o apoio da ANTF – sinalizou que a indústria nacional pode continuar com dificuldade para sair do túnel.

No setor de cargas, a ociosidade do parque industrial brasileiro chega a 80% e na indústria de passageiros chegou a bater em 100%, como nos conta o presidente da Abifer, Vicente Abate, em artigo nesta edição.



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