Valor Econômico – A Suzano, maior produtora mundial de celulose de mercado, encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 5,44 bilhões, comparável a prejuízo de R$ 962 milhões um ano antes, na esteira da melhora dos volumes comercializados, de preços mais altos da celulose e de papéis e da melhora do resultado financeiro.
De julho a setembro, a receita líquida da companhia totalizou R$ 14,2 bilhões, com alta de 32% na comparação anual sustentada pelos aumentos de preço da celulose vistos no primeiro semestre, com manutenção em níveis elevados na segunda metade deste ano, maior volume de vendas da fibra e forte elevação dos preços de papel.
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As vendas de celulose no período totalizaram 2,8 milhões de toneladas, com alta de 5% ante o segundo trimestre e também de 5% frente ao mesmo período de 2021. As vendas de papel, por sua vez, recuaram 2% frente ao mesmo trimestre do ano passado, mas cresceram 2% em relação ao segundo trimestre, para 331 mil toneladas.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 36% na comparação anual, a R$ 8,6 bilhões, um recorde, com margem Ebitda de 61% — dois pontos percentuais acima do registrado um ano antes.
A geração de caixa operacional da Suzano alcançou R$ 7,16 bilhões no terceiro trimestre, com expansão de 37% na comparação anual e de 42% frente ao segundo trimestre, no maior nível já registrado pela companhia.
Do lado dos custos, o custo caixa de produção de celulose, considerando-se paradas para manutenção, ficou em R$ 894 por tonelada, alta de 21% na comparação anual e de 1% frente ao segundo trimestre.
Maiores custos com madeira, aumento nos preços de químicos e câmbio explicam a variação nessa conta frente aos três meses imediatamente anteriores.
Na linha financeira, a companhia teve resultado líquido negativo de R$ 1,53 bilhão, frente à despesa financeira líquida de R$ 7,77 bilhões registrada um ano antes, com a variação cambial levando a ganhos de R$ 890 milhões nas operações com derivativos.
Ao fim de setembro, a alavancagem financeira da Suzano em dólares estava em 2,1 vezes, frente a 2,3 vezes três meses antes.
A companhia está investindo R$ 19,3 bilhões no Projeto Cerrado, que compreende a construção de uma nova fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul.
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