Valor Econômico – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atuou por anos como monopolista e restringiu o crescimento do mercado de capitais. E se o banco de fomento decidir por retomar os subsídios, isso voltará a acontecer, segundo o presidente da entidade, Gustavo Montezano. O alerta foi feito durante o BNDES Day, depois de declarações do presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento, que tem expectativas de um 2023 próspero para o setor.
“O BNDES durante muito tempo foi ofensor do mercado de capitais quando atuava como monopolista, foi um grande repressor. Qualquer cenário que tenha subsídio futuro vai restringir o desenvolvimento do mercado de capitais”, disse Montezano.
A redução da carteira de participações do banco de fomento foi um dos marcos da gestão de Montezano, que se encerra em dezembro. As vendas foram de quase R$ 90 bilhões, e os maiores desinvestimentos foram em Vale, Petrobras, Fibria e Suzano.
“Há um grande número de companhias esperando para fazer abertura de capital [em 2023]. Existe uma demanda represada, de negócios e operações que estão contratadas. A expectativa é que 2023 será próspero e crescente”, disse Nascimento.
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