Estadão – O governo Ministério dos Transportes anunciou que irá revisar o marco regulatório de ferrovias com estruturação de um programa de Parceiras Público-Privadas e uma política nacional de transportes ferroviário de passageiros, uma demanda da sociedade. A estratégia faz parte do plano dos primeiros 100 da pasta, anunciado nesta quarta-feira, 18, pelo ministro Renan Filho.
A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro disse que vai conversar com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para destravar as obras da ferrovia conhecida como Ferrogrão, de 933 quilômetros, ligando Sinop (MT) a Miritituba (PA) para escoamento da safra de grãos. A obra enfrenta percalços por causa dos impactos ambientais da construção. Renan Filho criticou o nome dado de Ferrogrão para a ferrovia. “Parece que é algo que vai contra o meio ambiente”, disse.
Na área de ferrovias, o plano prevê, além do Ferrogrão, a contratação da Ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol) e de Integração Centro-Oeste (Fico).
Renan Filho informou que a meta é elevar para 40% a participação do modal ferroviário na matriz logística até 2035. As ferrovias hoje correspondem a menos de 20% da matriz. Segundo ele, o aumento das ferrovias vai modernizar a logística, aumentar a competitividade e a segurança das rodovias.
O plano, antecipado pelo Estadão, foi dividido em cinco eixos: revitalização, retomada e intensificação de obras rodoviárias e ferroviárias; prevenção de acidentes para redução de mortes nas rodovias; medidas para escoamento da safra recorde de grãos; pronto atendimento para emergências, como Chuvas; e ações para fortalecimento para atração de investimento privado.
Ainda vai rever Marco Regulatório e quer realizar projetos ferroviários em 100 dias ? Tendeu…
Na Ferrogrão, nos 3 últimos anos apareceu uma componente de concorrência com ajuda de políticos jurássicos, mas o ambientalismo meliante e praticante está na origem da paralisação desse empreendimento ferroviário óbvio.
O impacto sobre o meio ambiente de uma ferrovia é muito menor do que o de uma rodovia. Restrições à ferrovia, que pode até compartilhar a faixa de domínio da rodovia em algumas situações que a topografia permita, dentro de áreas naturais delicadas, me parecem muito estranhas. Estariam ligadas à pressão de concessionária rival? Quero acreditar que não.