Metrô CPTM – O Consórcio Monotrilho Ouro, formado pelas empresas Coesa Engenharia e KPE, é alvo de processos administrativos instaurados pelo Metrô, reconheceu a companhia nesta semana. A empresa é responsável pelas obras remanescentes da Linha 17-Ouro, de monotrilho.
Segundo nota enviada à TV Globo, a contratada pode receber multas caso seja confirmado o atraso no cronograma da obra, o que é bastante evidente, dado o estágio em que se encontram as setes estações incluídas no escopo e o pátio de manutenção Água Espraiada.
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O consórcio, originalmente formado apenas pela Coesa, assinou contrato no final de 2020 com a meta de concluir os trabalhos em 30 meses, ou seja, em junho deste ano. A empresa, no entanto, cita o mês de outubro para entrega do serviço, segundo seu site.
Contratada pelo valor de R$ 498,5 milhões, a Coesa obteve vitória na licitação após uma longa disputa na Justiça, em que conseguiu convencer no processo que sua concorrente, a Constran, não tinha condições de tocar o projeto. Desde então, o Metrô reajustou o contrato em cerca de R$ 40 milhões.
Viga retirada
Da lista de serviços sob responsabilidade do Monotrilho Ouro, o único trecho a avançar em ritmo mais acelerado foi o lançamento de vigas-trilho no trecho da Marginal Pinheiros. No entanto, o trabalho ainda não foi concluído por conta de duas estruturas pendentes de instalação.
Uma delas é uma viga curva na altura da Ponte Octávio Frias de Oliveira, que deveria ter sido colocada no ano passado, mas a quebra de um guindaste acabou suspendendo o trabalho. A outra fica próxima à estação Morumbi e que chegou a ser içada, mas posteriormente retirada, como o site flagrou no último final de semana (veja imagem abaixo).
Aparentemente, a viga parece estar desalinhada ou fora dos moldes corretos, conforme se observa em imagens feitas recentemente pelo canal iTechdrones.
De acordo com o Metrô, até o momento o projeto da Linha 17-Ouro, com oito estações e 6,7 km de vias operacionais, atingiu 60% do cronograma de implantação. A reportagem da TV Globo e o site G1, no entanto, noticiaram erroneamente que a obra está apenas 5% concluída.
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