Valor Econômico – Para as empresas do setor de infraestrutura, os atos terroristas realizados no domingo (8), em Brasília, por bolsonaristas radicais, geram insegurança aos investidores. Em diversas notas de repúdio publicadas nesta segunda-feira (9), entidades cobraram a defesa das instituições democráticas.
“A questão fundamental para quem já investe no país e para novos entrantes é a segurança jurídica. A forma como foram tratados os pilares da República gera insegurança”, disse Venilton Tadini, presidente-executivo da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base). Ele classifica a ação como um ato terrorista de vandalismo.
Para ele, uma reação eficaz de apuração dos crimes e garantia da democracia brasileira é fundamental. “Se as medidas forem tomadas com rigor de apuração, a situação [de insegurança] se reverte”, disse ele.
“A nossa agenda é de investimento de longo prazo, que envolve muito a questão da segurança jurídica para a atração de investimento. Os atos de ontem não ajudam. Mas o mais importante é que as atitudes corretas sejam tomadas e haja um movimento de conciliação para estabilidade. É disso que precisa para atrrair os investimentos”, afirmou Natália Marcassa, que comanda o MoveInfra, entidade que reúne CCR, Ecorodovias, Rumo, Santos Brasil e Ultracargo. Em sua nota de repúdio, a associação pediu “paz” e “conciliação nacional”.
Ela diz que é importante que haja uma defesa dos Estado de Direito pelas vias legais e institucionais, e não por meio de violência. “O importante é que as ações daqui pra frente garantam um ambiente democrático seguro”, afirma.
A Aliança para a Infraestrutura, fórum que reúne entidades setoriais de rodovias, aeroportos, terminais portuários e ferrovias, também manifestou sua preocupação com os ataques, que, segundo a entidade, “ofendem instituições e, ainda, comprometem a estabilidade e o olhar de investidores sobre o país”.
“Temos por certo que o diálogo e ações amparadas no Estado Democrático de Direito são sempre o melhor caminho para a manutenção da paz social”, afirmou. A Aliança para a Infraestrutura é formada pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), a Aeroportos do Brasil (ABR), a Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) e a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF).
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