Folha de S. Paulo – O deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL) acionou o Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP) contra o plano do novo presidente do Metrô de SP, Julio Castiglioni, de treinar funcionários de outras áreas para substituir os condutores do modal durante greves.
Como mostrou o Painel, uma das ideias de Castiglioni é utilizar servidores em funções administrativas, mas que já comandaram trens no passado, para manter o serviço em operação. Para isso, poderá ser preciso oferecer cursos de reciclagem.
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Funcionários do Metrô realizaram uma paralisação em março deste ano, que durou pouco mais de 33 horas.
Na representação enviada ao MPT-SP, o deputado do PSOL argumenta que o plano de contingência “configura nítida violação aos direitos dos funcionários do Metrô” e “coloca em risco a incolumidade física dos usuários do serviço, que poderá ser operado por profissionais que não são da área”.
Cortez pede que o órgão investigue o caso e responsabilize os envolvidos. “Mais uma vez a empresa comandada pelo governo de Tarcísio [de Freitas] demonstra que está mais preocupada em atacar os direitos dos trabalhadores do que em garantir a segurança do transporte fornecido à população”, diz o parlamentar.
Na gestão de Tarcísio no Ministério da Infraestrutura, Julio Castiglioni foi o responsável pela privatização do porto de Vitória.
Procurado, o Metrô afirma, em nota, que as medidas planejadas “buscam garantir às pessoas que usam esse modal o direito de chegar a seu destino de forma rápida e segura” e que o “objetivo é assegurar que a operação seja mantida com eficiência em qualquer situação”.
“Por prestar um serviço essencial, o Metrô de São Paulo conta com um plano de contingência, que é acionado em situações excepcionais, com profissionais capacitados e aptos a garantir a realização do transporte metroviário, de forma segura, sempre observando a legislação vigente”, diz ainda.
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