O Globo – A viabilização do trem bala entre São Paulo e Rio de Janeiro vai depender de investimentos privados e não está entre as prioridades do governo federal no curto prazo, indicou o ministro dos Transportes, Renan Filho, nesta segunda-feira, em São Paulo. O projeto, que chegou a ser uma bandeira do governo de Dilma Rousseff, ficou de fora do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) apresentado este mês pelo presidente Lula.
— O trem bala não entrou no Novo PAC. Ele teve autorização para receber investimento privado. O prazo (para o projeto sair) depende da decisão privada — disse o ministro a jornalistas, durante evento com empresários do agronegócio e do setor de infraestrutura na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
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Renan Filho acrescentou que a obra “é muito cara”, na casa dos R$ 50 bilhões, e que por isso o governo tomou a decisão de não incluí-la no novo PAC. Ao todo, o programa irá destinar R$ 280 bilhões para investimentos em transportes, incluindo ferrovias e rodovias.
— Como, em um cenário de restrição, optar por uma obra muito cara? — perguntou o ministro. Se for um investimento privado, aí ele é muito relevante. Tem um autorização e agora ele precisa ser levado adiante com sustentação econômico-financeira à luz da tomada de decisões dos investidores privados.
Em fevereiro deste ano, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou um pedido de construção e exploração da linha de alta velocidade ligando a cidade do Rio de Janeiro a São Paulo. O pedido foi feito pela TAV Brasil Empresa Brasileira de Trens de Alta Velocidade.
Só com tarifa, trem bala ‘não é viável’
O próprio ministro, no entanto, admitiu que o trem pode ser inviável sem recursos públicos. Ao ser questionado sobre o tema durante conversa com representantes do setor de infraestrutura, ele afirmou que “um investimento dessa magnitude não é viável somente com o pagamento de tarifa de trem”. Renan Filho deu exemplos de trens ultra rápidos de outros países e disse que nenhum deles é “feito só com investimento privado”.
— Se houver investidor que esteja disposto a fazer a obra, podemos discutir. Mas o governo não deseja, no momento de restrição de recursos, fazer isso no curto prazo. Isso não significa que se furtará de fazer (aporte público) se eventualmente houver investidores. — afirmou Renan Filho — O mundo inteiro faz investimentos públicos (para ter trens rápidos de transporte de passageiros).
Além dos R$ 280 bilhões de investimento em transportes previstos no PAC, o ministro voltou a falar que trabalha na apresentação de um Plano Nacional Ferroviário. Nesta terça-feira, ele explicou que a proposta deve incluir investimentos no transporte ferroviário para pessoas. Ele não indicou, no entanto, que o trem bala entre Rio e São Paulo estará incluído.
— Nós temos seis projetos elencados de transporte rodoviário para pessoas — afirmou o ministro, sem citar quais são os projetos estudados pela pasta.
O ministro também não informou quando o Plano deve ser concluído, e disse que a pasta agora trabalha para entender a origem orçamentária para o pacote. Segundo ele, a proposta irá incluir a regulamentação do transporte de passageiros por via férrea. Em entrevista ao Roda Viva, nesta segunda-feira, Renan Filho afirmou que o Plano seria incluído no novo PAC.
Sim, tudo é caro, ms o problema não é chorar o leite derramdo, caro tudo e, então cabe sim a todos os responsáveis trabalhar e buscar a solução que nos mostre como vencer o “CARO”, melhor dizendo “viabilizar”,pois soluções existem, tem de batalhar, trabalhar, correr atrás de soluções para vencer o “CARO”. Saudações Waldir alves
Então, gostaria de saber se o excelentíssimo senhor ministro tem bagagem técnica elevada para ocupar um cargo estritamente técnico tal qual ocupa.Um técnico jamais deve usar a expressão “cara” ao comentar a viabilidade de um projeto.Taí oh! assim nunca vamos ter ferrovias , pois tudo é caro mesmo e os responsáveis tem de se virar para encontrar soluções. Meu Deus do céu ajude-nos, senão nunca teremos ferrovias para transportar o povo, poims tudo é caro mesmo e há que se virar e encontrar a melhor solução possível..Olha, quando foram destruir, abandonar tudo das ferrovias, vagões, locomotivas , etc jogadas no mato, ah!!! aí não era caro.Na minha opinião se ficar assim nesse lenga -lenga vai sair NADA pois tudo é caro mesmo.Vai ser preciso acabar com essa mania de ficar colocando políticos que não tem experiência para ocupar cargos que exigem um mínimo de preparação técnica necessária para para exercer cargos assim tal qual agora, precisa de no mínimo ser um engenheiro do ramo,talvez um economista,etc….ah…pode ter certeza que o engenheiro em geral domina muito bem a economia. etc….. Fico triste, precisamos de ajuda, pois assim a gente não vai a lugar nenhum.Obrigado.Saudações Waldir Alves