Valor Econômico – Em pouco mais de um ano, a Cosan Investimentos já alocou recursos da ordem de R$ 21 bilhões em novos negócios, a maior parte (R$ 17,4 bilhões) na Vale, destacou nesta terça-feira (12) o presidente da Cosan Investimentos, Leo Pontes. O grupo promove hoje o Cosan Day.
Conforme o executivo, o investimento na mineradora trouxe algumas novidades para a estratégia executada pelo grupo até agora, entre as quais a de não ser controlador do negócio. “Mas é um ativo líquido, irreplicável, com grande potencial na transição energética e suas derivadas”, afirmou.
Na Radar, de terras, hoje são 318 mil hectares em sete Estados, com R$ 14,2 bilhões em valor de mercado. Em relação ao projeto de construção do porto de São Luís, no Maranhão, e de formação de uma joint venture Paulo Brito, fundador da Aura Minerals, a expectativa é decidir sobre o início de execução das obras no próximo ano. “Poderíamos começar as obras em 2024 se a decisão for por seguir em frente”, afirmou.
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Desde o início do ano, lembrou o vice-presidente financeiro da Cosan, Ricardo Lewin, o grupo já levantou mais de R$ 4,5 bilhões no mercado, o que contribui para um cronograma de amortização de dívidas “confortável”.
“A próxima torre [em termos de vencimento de dívida] será em outubro de 2024, referente à Vale, e já estamos preparados”, disse, acrescentando que R$ 300 milhões desse vencimento já foram amortizados.
Em sua apresentação, o vice-presidente de estratégia do grupo, Marcelo Martins, destacou que a Cosan tem feito uma gestão ativa de portfólio e se vê como “um gestor de risco fundamentalmente”, com competências operacionais”.
Conforme o executivo, o grupo chegou a avaliar algumas operações de equity no passado recente, como a oferta pública inicial de ações (IPO) da Compass e da Moove, mas não pretende tirá-las do papel neste momento — houve rumores de que a Rumo também emplacaria um follow-on. “Olhamos a oportunidade, mas não vai acontecer [agora]”, reiterou.
“A gente entende que há escassez de oportunidades e quer buscar alternativas quando disponíveis, mas não tem o menor desejo de gerar diluição à Cosan a preços que consideramos inadequados. Hoje, todos os nossos ativos são negociados a preços inadequados, o que nos dá oportunidade de comprar [ações] e não vender”, acrescentou.
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