Vale pretende elevar teor de ferro em portfólio de produtos para cerca de 64% em 2030

Valor Econômico – A Vale pretende elevar o teor de ferro em seu portfólio de produtos de minério de ferro para 63,5% em 2026 e algo em torno de 64% em 2030. A informação consta de apresentação no XXIII Analyst & Investor Tour, encontro com analistas e investidores realizado nesta terça-feira (05) pela companhia.

A mineradora apresentou suas soluções para fornecer um minério de alta qualidade. Entre as novas soluções estão uma nova unidade de concentração de minério em Omã, localizada ao lado da planta de pelotas da companhia no país do Oriente Médio. A nova unidade vai produzir “feed” para plantas de pelotização já existentes e para futuras fábricas de briquetes — inovação destinada ajudar a descarbonização no processo siderúrgico.

Outra novidade anunciada foi o investimento para gerar “feed” para altos-fornos a partir dos finos de minério de Carajás (IOCJ) para atender à crescente demanda a partir de 2027.

Entre as soluções já existentes para elevar a qualidade do minério, a Vale citou a filtragem de rejeitos, a concentração a seco e as plantas de concentração de terceiros.

A companhia também destacou as parcerias para fomentar a criação de “mega hubs” para beneficiamento e distribuição de minério. No ano passado foi assinado acordo com autoridades locais do Oriente Médio, enquanto este ano houve memorandos de entendimento e acordos de arrendamento de terrenos assinados no Oriente Médio, além de estudos de desenvolvimento no Brasil e nos Estados Unidos.

Para o ano que vem estão previstos os inícios de construção das primeiras unidades, após assinatura de acordos. O início as operações do primeiro “mega hub” no Oriente Médio está previsto para 2027.

A mineradora afirmou ainda que alcançará, depois de 2030, uma produção de cerca de 100 milhões de toneladas de aglomerados. Este ano estão previstas entre 36 milhões e 40 milhões de toneladas de aglomerados para altos-fornos e para redução direta, volume que saltará para 50 milhões a 55 milhões em 2026, até chegar a 100 milhões além de 2030.

Pelo cronograma apresentado pela empresa, esse ano ocorre a aprovação de uma planta de briquete, em 2024 serão aprovadas mais duas e entre 2025 e 2027 serão aprovadas mais quatro unidades. A planta de tubarão iniciou o comissionamento em agosto deste ano, com capacidade de 6 milhões de toneladas de briquete por ano e com as primeiras cargas destinadas a testes industriais.

Em termos de produção total de minério de ferro, a expectativa da Vale é fechar o ano entre 310 milhões e 320 milhões de toneladas este ano, passando a 340 milhões a 360 milhões de toneladas em 2026 e mais de 360 milhões de toneladas em 2026 e mais de 360 milhões de toneladas em 2030.

Com os aumentos de produção e de qualidade do minério, a companhia também espera um prêmio maior, passando de algo em torno de US$ 4 por tonelada este ano para US$ 8 a US$ 12 por tonelada em 2026 e US$ 18 a US$ 25 por tonelada em 2030.

Com isso, a contribuição potencial para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) será, em comparação com 2022, de US$ 4 bilhões a US$ 10 bilhões até 2026 e 2030, com uma adição de valor entre US$ 20 bilhões e US$ 50 bilhões.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/09/05/vale-pretende-elevar-teor-de-ferro-em-portflio-de-produtos-para-cerca-de-64-pontos-percentuais-em-2030.ghtml

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