Valor Econômico – As estações Carrão e Tatuapé, na zona leste da capital paulista, são as mais populares entre os que desejam comprar imóveis usados perto do metrô. É o que mostra um levantamento feito pela imobiliária Lello com informações de anúncios publicados em seu site. Pela plataforma, é possível buscar casas e apartamentos localizados a até 1 quilômetro do metrô.
De acordo com a pesquisa, no período de agosto do ano passado a agosto deste ano, foram cerca de 50 mil buscas na plataforma, sendo que a estação Carrão representou 17,55% do total, seguida por Tatuapé com 14,43%, Ana Rosa com 12,33%, Bresser-Mooca com 10,50% e Vila Prudente com 10,33%.
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A linha 1-azul – que compreende o trecho definido pelas estações Tucuruvi e Jabaquara – é o destaque entre as buscas de quem procura um imóvel para comprar, com 28,69% do total. A linha 3-vermelha (23,27%) e a linha 2-verde (20,48%) seguem logo atrás.
As buscas por imóveis próximos à linha 4-amarela, conhecida como linha das universidades, somam 12,10%, percentual similar ao da linha 5-lilás. A menor procura foi por imóveis próximos à linha 15-prata (3,40%).
“A mobilidade urbana segue sendo fator determinante para muitos paulistanos que desejam comprar uma casa ou um apartamento. Os imóveis situados a menos de um quilômetro de estações do metrô costumam ser comercializados mais rapidamente e, dependendo do estado de conservação, também são os mais valorizados na relação preço-metro quadrado”, afirma Gabriela Marques, gerente de vendas da Lello Imóveis.
Segundo ela, estúdios e apartamentos de um e dois dormitórios são os mais procurados.
“Os apartamentos mais compactos e próximos ao metrô estão sendo bem procurados, em especial pela alteração do perfil das famílias, pela ampliação do contingente de pessoas que moram sozinhas, e também a valorização da questão da mobilidade e motivações de ordem econômica”, diz Gabriella.
Um estudo chamado People Near Transit, do WRI, mostra que apenas 25% dos paulistanos moram a menos de 500 metros de um ponto de ônibus ou a 1 km de uma estação de trem ou metrô. Em Paris, por exemplo, esse número é próximo de 100%.
Custo com moradia aumenta
O preço médio de venda dos imóveis residenciais em São Paulo subiu 0,43% em agosto, superando a inflação, mostra o Índice FipeZAP+. A alta é impulsionada por unidades de um dormitório.
Na capital paulista, o custo médio do metro quadrado é de R$ 10.528. O maior preço é no Itaim Bibi, na zona sul, seguido por Pinheiros, na zona oeste. Nestas regiões, o valor médio da metragem é de R$ 16.802 e R$ 16.235, respectivamente.
Alugar um imóvel também está mais caro. Principalmente, os com um dormitório.
Pesquisa de Locação Residencial do Secovi-SP aponta variação média de 0,80% no valor do aluguel em agosto e de 11,67% no acumulado de 12 meses na cidade de São Paulo. O percentual supera o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), da FGV (Fundação Getulio Vargas), que registrou variação negativa de 7,20% no período.
Os imóveis de um dormitório registraram a maior alta, de 1%, enquanto os de três quartos tiveram variação de 0,30%.
Segundo dados do Secovi-SP, um imóvel usado de três quartos na Mooca e no Tatuapé, em bom estado, possui aluguel médio por metro quadrado de R$ 25,84, enquanto para os imóveis com conservação regular, sai a R$ 24,01. Já um imóvel de um quarto na mesma região, em bom estado, tem aluguel médio por metro quadrado de R$ 36,02, e os com conservação regular, a R$ 32.
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