Valor Econômico – A gestora canadense Brookfield acaba de comprar uma fatia de 10% da empresa de logística VLI que pertencia ao conglomerado japonês Mitsui, informou nesta sexta-feira (16) a empresa. A transação foi assessorada pelo Bank of America no Brasil. A Mitsui segue acionista da VLI, agora com uma participação de 10%. A operação foi antecipada pelo Valor na semana passada.
A Mitsui tinha feito neste mês pedido que fosse aberto o processo para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da VLI, mas a Brookfield, ancorada em seu direito de preferência, fez a proposta de compra da participação.
Em fato relevante de hoje, a Mitsui afirma que sua decisão de redução da participação na VLI ocorreu para reconfiguração de seu portfólio de investimentos.
No mercado, acredita-se que a Mitsui tenha colocado na mesa o preço que conta dos livros do FI-FGTS, que também é acionista da VLI, de R$ 1,8 bilhão pelos 10%. O Valor apurou que o preço de venda da fatia ficou entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2 bilhões.
A Brookfield passa a deter 36,5% da VLI. No ano passado chegou a iniciar um processo de venda de sua participação, contratando o Citi para buscar interessados.
Segundo fontes de mercado, a Brookfield teria feito a leitura de que o preço de venda proposto pela Mitsui seria atrativo, visto que na sua visão, ainda segundo fontes, o ativo total tem um valor de R$ 30 bilhões – contra os R$ 18 bilhões que estão marcados nos livros do FI-FGTS.
A Vale possui ainda 29,6% da VLI . O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também é acionista.
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