Cemitério das locomotivas: veículos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré estão abandonados em Porto Velho

G1 – Parte da história de Porto Velho está esquecida, já que alguns veículos e vagões da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) estão abandonados há mais de 50 anos nos trilhos da ferrovia. O que era para ser lembrado como história na fundação e desenvolvimento, hoje é conhecido como ‘cemitério das locomotivas‘.

A ferrovia marcou a fundação da capital de Rondônia e tinha como objetivo o transporte do principal produto de exportação brasileiro da época: a borracha.

Segundo o historiador e professor Célio Leandro, após a desativação da EFMM na década de 70, cerca de nove locomotivas foram deixadas nos trilhos que ligavam Porto Velho a Guajará-Mirim, próximo do atual ‘cemitério da Candelária’.

Além dessas, outros veículos do trem foram restaurados e estão localizados no Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, no espaço alternativo da cidade e nas proximidades do Museu Rondon.

De acordo com Jorge Teles, presidente da Associação dos Ferroviários da EFMM, desde a desativação da ferrovia, há mais de 50 anos, as estruturas se deterioraram e acabaram sendo abandonadas e tomadas pelo matagal.

Ainda de acordo com o presidente, a Associação não tem o quantitativo de máquinas e peças dos veículos que foram deixadas pela malha ferroviária, mas destacou que a Associação entrou com um pedido de tombamento de preservação e agora, aguarda o retorno.

História

Inaugurada em 1° de agosto de 1912, a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré fazia parte do tratado de Petrópolis selado com a Bolívia, em 1903, após a compra de território boliviano pelo Brasil. O ‘combinado’ no tratado foi construir a ferrovia Madeira Mamoré em um prazo de quatro anos.

Depois de dois anos de lucro, a ferrovia entrou em declínio devido à queda vertiginosa da participação brasileira no mercado da borracha. Isso porque a concorrência asiática oferecia um produto de qualidade e de mais fácil extração, afetando assim a exportação brasileira.

Com 54 anos acumulando prejuízos, Humberto de Alencar Castelo Branco determinou a erradicação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, que foi substituída por uma rodovia.

Fonte: https://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2024/04/09/cemiterio-das-locomotivas-veiculos-da-estrada-de-ferro-madeira-mamore-estao-abandonados-em-porto-velho.ghtml

1 Comentário

  1. Olá, os trens da ferrovia madeira Mamoré que está no cemitério das locomotivas,foram reformados???????

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