G1 – A Metrô BH, concessionária que administra o transporte na capital, começou o plano de demissão de cerca de 230 funcionários; apesar disso, diz que as operações não serão afetadas. A discussão sobre o desligamento em massa está sendo feita junto ao sindicato e mediada pela superintendência do Ministério do Trabalho.
A empresa não detalhou qual será a ação para evitar falhas e problemas operacionais, recorrentes no primeiro ano da concessionária frente às operações do transporte. Nesse meio tempo, a tarifa subiu de R$ 4,50 para R$ 5,30.
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De acordo com a Superintendência do Ministério do Trabalho em MG, o plano inicial da Metrô BH era desligar 270 funcionários. Entretanto, diminuiu esse número para 230 em meio às negociações. A expectativa da pasta é conseguir que o total de demissões chegue a menos de 200.
“Houve um intenso debate. Não lavramos ata a respeito das discussões porque é bem possível que o debate dessas demissões em massa vá parar na Justiça”, disse Carlos Calazans, Superintendente do Ministério do Trabalho em MG.
A primeira reunião de mediação aconteceu na última segunda-feira (1º), momento que começou o plano de demissões. A superintendência diz que deve seguir acompanhando os desdobramentos.
Negociações entre empresa e categoria
A Metrô BH informou que a estabilidade dos funcionários, prevista por contrato, chegou ao fim em 23 de março e que ofereceu Planos de Demissão Voluntária e o Plano de Demissão Consensual ao longo deste ano.
Diz, ainda, que a mediação “garantiu benefícios sociais para além das leis trabalhistas” após o plano de desligamentos da primeira semana de abril.
O Sindimetro, sindicato da categoria, por sua vez, questiona a empresa, dizendo que não houve apresentação de um calendário de demissões e que a reunião entre concessionária e categoria “não foi aberta ao diálogo”.
Cita, também, que as contrapropostas para resguardar funcionários vulneráveis “não foram ouvidas” e que a empresa “garantirá somente o previsto por lei”.
Sobre as operações
A empresa não respondeu aos questionamentos do g1 sobre os detalhes dos impactos das demissões nas operações do transporte. No primeiro ano de concessão, o g1 e a TV Globo reportaram diferentes casos de falhas que comprometeram o funcionamento do modal.
Com relação ao assunto, a Metrô BH somente apresentou dados próprios que apontam para melhoras nos índices de evacuação dos trens, tempo médio de percurso e de viagens e atrasos.
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