Folha de S. Paulo – O vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), afirmou nesta segunda-feira (24) que a última previsão de entrega das primeiras estações da linha 6-laranja do metrô está mantida, mesmo com problemas geológicos encontrados pela concessionária Linha Uni, responsável pela obra e sua futura gestão.
Ramuth afirmou que a inauguração do primeiro trecho da linha, conectando a zona norte da capital ao centro, está prevista para outubro de 2026. Serão nove estações abertas no mesmo mês, entre Brasilândia e Perdizes. O restante —seis estações na região central, conectando Perdizes a São Joaquim— está previsto para outubro de 2027.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Esses são os mesmos prazos previstos desde o início deste ano. Quando assumiu o governo estadual, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) chegou a propor entregar toda a linha de uma vez em 2025. Antes mesmo de se constatarem novos problemas geológicos, o governo já havia revisado essa meta para uma entrega em duas fases, em 2026 e 2027.
Um relatório de administração publicado em março pela Linha Uni, entregue ao governo estadual, afirma que as dificuldades geológicas podem atrasar a obra em 1.096 dias, ou seja, mais de três anos.
Por causa da possibilidade de atraso, a concessionária pediu uma compensação financeira de R$ 230 milhões, que está em estudo pelo governo estadual. A construção da linha está orçada em R$ 18,5 bilhões, em valores atualizados.
“Outubro de 2026 é a data para chegar até Perdizes”, afirmou Ramuth. Ele ressaltou que houve diversos entraves para o andamento das obras, como um sítio arqueológico com vestígios de um antigo quilombo próximo ao local da estação 14-bis, e falhas geológicas ao longo das escavações.
“Ao longo desse contrato teve uma série de interferências, a última geotécnica. Nós temos [o quilombo] Saracura, também, que nós precisamos junto com o Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] avançar ainda mais, e esse é o compromisso das nossas equipes, lá em Brasília também, de trabalhar nessa questão para a gente poder dar mais agilidade à obra”, afirmou.
Ramuth, empossado como governador em exercício enquanto Tarcísio está em viagem nos Estados Unidos para apresentar a privatização da Sabesp a investidores, visitou obras do futuro pátio de trens Morro Grande nesta segunda (24).
O governador em exercício, representantes do governo e gestores da Linha Uni acompanhar o momento em que dois túneis, entre o futuro pátio e a estação Brasilândia, foram conectados pela primeira vez. Eles desceram a uma profundindade de aproximadamente 35 metros para ver uma máquina atravessar duas paredes de concreto armado e o solo — essa perfuração não foi feita pelo famoso “tatuzão”, e sim por uma espécie de trator.
Segundo a concessionária, as obras do Pátio Morro Grande hoje atingiu 64,3% das obras concluídas com a conexão. O pátio será o principal ponto para estacionamento dos 22 trens que vão trafegar nos túneis da linha 6-laranja.
A previsão do governo é que, uma vez concluída, a linha vai transportar 630 mil passageiros por dia e reduzir para 23 minutos uma viagem que, hoje, é feita em cerca de uma hora e meia de ônibus.
Absurdo total, lógico que vai atrasar, compensação financeira do que ?, não é iniciativa privada e o risco do negócio ?, assim é fácil !, vergonhoso !